O destino dos R$ 9 bilhões prometidos em investimentos no Brasil pela Volkswagen não prevê a fabricação de um carro elétrico nacional até 2028. A ideia de colocar um modelo zero emissor de poluentes nas linhas das plantas no país, porém, não está descartada.
Em entrevista ao podcast CBN Autoesporte, Ciro Possobom, CEO da montadora alemã no Brasil, revelou o que falta para a Volkswagen concluir os estudos e, na prática, incorporar um carro elétrico nacional ao portfólio verde-amarelo.
O “x” da questão, na visão do executivo, é bastante simples: volume de vendas. Para o CEO da Volkswagen, a nacionalização de um carro elétrico só será viável se ele alcançar números parecidos com os do Polo, carro mais emplacado do Brasil em 2023, com 111.242 unidades vendidas.
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“Tem que ter escala. Então estamos trabalhando forte para ter a produção de um elétrico aqui, que seja acessível ao consumidor brasileiro e bom para todos. A gente não quer produzir um elétrico [no Brasil] para vender 10 mil, 20 mil unidades [por ano]. Não dá. Quando falamos na produção de um veículo, tem que vender 100 mil unidades”.
Qual será o Volkswagen elétrico “do Brasil”?
Ciro Possobom não revelou quando, qual ou onde será o primeiro carro elétrico produzido pela Volkswagen no Brasil, mas, ao mesmo tempo em que assegurou que a montadora seguirá trabalhando forte em outras tecnologias — gasolina, flex, híbridos leves e plug-in —, reforçou que o modelo 100% elétrico não ficará apenas no papel.
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“A Volkswagen é uma marca para todos. O consumidor é vasto e nós, como uma das grandes montadoras do mundo, temos um leque de opções muito grande”, concluiu, sem confirmar se a nacionalização do ID.2, hatch elétrico compacto e barato apresentado na Europa, seria a solução para o nosso mercado.
Independentemente do modelo que será fabricado no Brasil, fato é que o carro elétrico nacionalizado da Volkswagen não chegará antes do término do atual ciclo de investimentos, que será fechado em 2028.
É possível, portanto, que ele se torne realidade entre 2029 e 2032, quando um novo (e bilionário) aporte certamente será feito pela marca alemã na indústria automotiva do país.









![O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em áudio enviado para o pastor Silas Malafaia que sem a votação da anistia não há possibilidade do Brasil negociar o tarifaço com os Estados Unidos.
A conversa é uma das citadas pela Polícia Federal (PF) no relatório que indiciou Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro pela atuação deles para colocar os EUA contra autoridades brasileiras e por coação no âmbito do processo da trama golpista.
“Malafaia, o que eu mais tenho feito é conversar com pessoas mais acertadas, vamos assim dizer no tocando que se não começar votando a anistia não tem negociação sobre tarifa”, afirma Bolsonaro no áudio enviado em 13 de julho para o pastor.
Na mensagem, o ex-presidente ainda faz uma alusão às tentativas de governadores, entre eles Tarcísio de Freitas, de São Paulo, de tentar negociar com a
Embaixada dos EUA.
“Não adianta um ou outro governador querer ir pros Estados Unidos, ir pra embaixada, para não sei onde quer que ele vá, tentar sensibilizar. Não vai só seguir. Da minha parte, é por aí pô”, diz Bolsonaro.
“Eu tenho meus contatos, não falo com ninguém e tô fazendo aquilo que entendo, você tem razão, é a anistia.
Resolveu a anistia, resolveu tudo. Não resolveu? Já era.
Ele não perde nenhum. Tenha certeza disso”, completou Bolsonaro no áudio.
O áudio de Bolsonaro vem em resposta a mensagem de Malafaia, que, segundo a PF, estaria dando “orientações” a Bolsonaro sobre como se posicionar após a carta de Trump que impôs as taxas de 50% sobre o Brasil, em 9 de julho, dias antes da conversa.
Segundo Malafaia, seria necessário “pressionar o STF dizendo que se houver uma anistia ampla e total, a tarifa vai ser suspensa. Ainda pode usar o seguinte argumento:
Não queremos ver sanções contra ministros do STF e suas famílias. Eles se cagão [sic] disso! A questão da tarifa é justiça e liberdade, não econômica. Traz o discurso para isso!”, afirmou.
Pouco depois dessa mensagem, Malafaia envia um áudio em que “novamente orienta Bolsonaro em como direcionas a narrativa para os interesses dos investigados”, diz o relatório.](https://sudoestems.com.br/wp-content/uploads/2024/03/537227944_1300949231658827_2324692362068409941_n-269x320.jpg)

