Novo treinador do tricolor foi apresentado nesta sexta-feira no CT Carlos Castilho Para Renato Gaúcho, novo comandante do Fluminense, o clube é uma “casa”. O treinador afirmou que a identificação com o tricolor fez diferença na hora de aceitar o chamado da diretoria, durante a apresentação realizada nesta sexta-feira, no CT Carlos Castilho. Autor do histórico gol de barriga que deu o título do Carioca de 1995, ele está na sua sétima passagem pelas Laranjeiras à beira do campo.
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— Com o passar do tempo você fica mais experiente. Tive o prazer de vestir a camisa do clube, de conquistar o título de 1995, tive o prazer de conseguir a Copa do Brasil de 2007, infelizmente escapou a Libertadores de 2008. Sempre me senti em casa como jogador e treinador. Tive convites de outros clubes. Esta semana tive uma conversa com uma pessoa que me pediu para não conversar com ninguém, inclusive com o Fluminense. Que domingo esse clube poderia me contactar para contratar e aceitei o Fluminense porque aqui me sinto em casa. Tinha desejo de voltar ao clube, queria trabalhar com o Mário, Paulo e conheço 80% do grupo. Você junta o útil ao agradável. Não tivemos dificuldade de se acertar — disse Renato.
O técnico só teve tempo para fazer um treino, até o momento. Diante do curto tempo de preparação, já tem em mente como usará o elenco que tem à disposição. Com o Mundial de Clubes batendo na porta — inicia em junho — fica a expectativa com possíveis chegadas. O treinador despistou sobre pedido de reforços para encorpar o plantel.
— O grupo do Fluminense é qualificado. Aí você me pergunta se pode chegar mais alguém em determinada posição. Isso a gente vai ver no dia a dia. Ver se o clube também tem condições de contratar. Hoje em dia não é fácil encontrar jogadores, entendeu? E quando você encontra, são jogadores caros. Aí entra a parte financeira também do do clube que eu não sei como é que é, mas aí eu trocando ideias com o presidente, com a diretoria, a gente vê isso. Sempre que a diretoria, o presidente puder me dar um reforço, ele será sempre bem-vindo. A gente nunca pode falar assim: “esse grupo tá fechado”. Não, daqui a pouco tem uma brecha, tem um jogador dando mole ali fora que o clube tenha condições de contratar, que a gente sabe que vai chegar pra nos ajudar. Com certeza a gente vai tentar trazer. Mas isso aí não vai ser toda hora porque é que eu falei e é difícil você encontrar jogadores hoje em dia.
O Fluminense é historicamente reconhecido pelo grande uso dos “moleques de Xerém” na equipe profissional. Segundo Renato, o olhar especial com os garotos da base é uma de suas características. E ele promete não mudar isso na nova trajetória:
— Eu sempre gostei de trabalhar com garotos. Por onde eu trabalhei, eu costumo sempre fazer. Mandar um ou dois dos meus auxiliares a ver jogos na base, acompanhar os garotos lá embaixo, me passar informações e costumo fazer também, praticamente sempre que há o tempo, e já marquei inclusive para segunda-feira um coletivo com os garotos da base, justamente para poder observar os garotos lá, dar atenção a eles e ver, de repente, se tem alguém promissor que possa estar no profissional. Então, eu fico tranquilo que eu sempre trabalhei dessa forma e aqui no Fluminense não vai ser diferente.
Renato Gaúcho não tem muito tempo para montar o plano de jogo visando o próximo confronto — apenas mais um dia de atividade. O Fluminense enfrenta o Bragantino no domingo, às 16h, no Maracanã, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
Outras respostas de Renato Gaúcho:
Reencontro com jogadores
— Eu trabalhei com alguns jogadores já. O Thiago Silva e o Thiago Santos. São jogadores que eu tenho a inspiração de como são. O Lima, o Fábio, que apesar da idade dele, é um dos melhores jogadores. Nós temos um xerife, um líder, um cara que é excepcional, o Thiago. Então, é importante você perceber que os jogadores do grupo são jogadores de caderno, são jogadores que nem quem nem quem, que são líderes, e são jogadores que eu já tive o prazer de trabalhar com eles e conheço eles. Então, basicamente, conheço eles. Tanto o grupo como os jogadores.
Estilo de jogo
— Gosto dos times que trabalho, da posse de bola, de preferência dentro do campo do adversário. Não gosto de arriscar tanto atrás. Tem horas que converso bastante com meus zagueiros e goleiro que na dúvida tem quebrar. Eu não vou arriscar. Não sou aquele treinador que se você for jogando 10 vezes, mesmo nas dificuldades não quero que dê chutão. Não. Conversei sobre isso com meus zagueiros, com o Fábio. Na dúvida tem que quebrar. Sempre trabalho pela posse de bola, mas na dúvida não pode arriscar. Principalmente dentro ou próximo da área, um erro é fatal. Isso vem muito da característica dos jogadores, não adianta fazer se não tem característica.
“Jogar como Fluminense”
— Conversei bastante (com o jogadores), o que procurei passar para o grupo foi alegria de jogar e coragem. Isso o torcedor pode ficar tranquilo que vai ver no meu time. O Fluminense enquanto eu estiver aqui vai jogar como time grande, vai respeitar os adversário, mas vai jogar para dentro, sempre para vencer. Trabalhando sempre com cuidado defensivo. O Fluminense vai jogar como time grande independente do adversário – afirmou Renato Gaúcho na apresentação.
Importância de Ganso
— Primeiro, vamos recuperar 100% o jogador. É um jogador interessante, inteligente, fora da média. Independente da decisão, é sempre importante ter um jogador assim no grupo e no campo. É um líder, acima da média. Não tive tempo de conversar com ele, mas acredito que vamos ter essa conversa amanhã ou até segunda-feira para saber das reais condições dele, falar com o fisiologista, preparador físico, conversar com ele, ver como está se sentindo para então poder contar com ele.
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