Auxiliares em escolas municipais de Educação Infantil protestaram, na manhã desta quarta-feira (7), por melhores salários e condições de trabalho, em Campo Grande.
O grupo exigia ser atendido para expor as reivindicações, que englobam também a redução da jornada de trabalho, que hoje é de 40 horas semanais para 20 horas.
Segundo um servidor público que não quis se identificar, as trabalhadoras, que recebem um salário mínimo por mês, enfrentam diversos outros problemas. Um deles é que acabam exercendo a atividade de professores porque não há docentes em todas as turmas.
Ainda segundo a denúncia, as mulheres não têm o magistério, algo exigido no artigo 63 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
As trabalhadoras exigiram ser recebidas pela prefeita Adriane Lopes (Progressistas), que não estava no Paço Municipal. Um grupo foi recebido pelo secretário de Governo João Rocha. Uma comissão de trabalhadoras foi formada e vai ficar no aguardo do retorno do secretário.
Uma outra servidora, que esteve no protesto, disse que a rotina é precária com sala lotada, poucos funcionários e crianças de dois e três anos que portam algum tipo de deficiência e não têm acompanhamento de um profissional especializado.
”Essas crianças precisam de um cuidado mais especial, de um olhar mais próximo”, mas que não há quantidade de profissionais suficientes.
Além disso o plano de saúde estaria com restrição para cirurgias para funcionárias mais novas.
”Quem entra agora tem uma série de burocracias para usar o plano. Nada de melhorias, só regredindo”, desabafou a profissional. Ela e o grupo apontam que os professores regentes tiram recesso no mês de julho e elas seguem trabalhando, sendo que poderiam ter o mesmo descanso dos outros.