O vereador Celso Capovilla (PL), de Caarapó, usou a tribuna da Câmara de Vereadores para criticar o chefe de gabinete da prefeita Maria Lurdes Portugal (PL), o advogado Milton Júnior Lugo dos Santos, a quem se referiu como “capitão do mato”. O termo é associado à pessoa negra que age contra os interesses de outros negros, mas, em retratação, o parlamentar negou o cunho racista da fala.
“A expressão que utilizei foi no sentido político e funcional, jamais com qualquer conotação racial. Fiz referência a uma atuação que, na minha avaliação, se assemelha a alguém que age para perseguir, intimidar ou pressionar cidadãos a pedido de terceiros com poder econômico ou político, especialmente produtores rurais influentes. Em nenhum momento me referi à cor da pele, origem ou qualquer característica pessoal do chefe de gabinete. Minha crítica é institucional e administrativa, relacionada à forma como o poder público estaria sendo utilizado para atender interesses específicos, o que considero incompatível com a função pública”, afirmou o parlamentar em nota.
Ao Jornal Midiamax, Milton Júnior afirmou que de forma recorrente o parlamentar usa o espaço da Câmara para manifestações ofensivas. “Como se fosse um espaço imune à lei e ao respeito institucional, como se a imunidade parlamentar lhe conferisse autorização irrestrita para ofender, difamar”, disse.
“Não aceitarei qualquer ato racista, e espero que Câmara tenha mesma preocupação para fazer cessar tais condutas. Diante da gravidade da conduta, deixo claro que adotarei as medidas judiciais cabíveis, a fim de que o referido vereador seja devidamente responsabilizado, tanto na esfera cível quanto na criminal, uma vez que a imunidade parlamentar não se presta a acobertar ofensas pessoais, ataques à honra ou a prática de ilícitos”, afirmou.
Fonte: Midiamax











