Último eclipse solar total da Terra, já pode ter data marcada; entenda

Eclipses solares são eventos astronômicos que acontecem em média duas vezes por ano e podem, apresentar efeitos distintos para os observadores na Terra. Os brasileiros puderam contemplar o eclipse solar anular no fim do último ano e agora, os residentes da América do Norte poderão observar o aguardado eclipse solar total no dia 8 de abril de 2024.

Considerado uns dos fenômenos astronômicos mais raros, o último eclipse solar total visualizado no Brasil, foi há quase 30 anos, no dia 3 de novembro de 1994. Na ocasião, a cidade de Foz do Iguaçu, no Sul do Brasil, foi as primeira cidade onde os brasileiros puderam observar a totalidade do eclipse solar. Criciúma foi a última cidade que possibilitou a observação.

Os entusiastas assistiram ao espetáculo durante aproximadamente quatro minutos e, além de brasileiros, pessoas do Peru, Chile, Argentina e Paraguai também puderam testemunhar ao espetáculo.

Ainda que seja um acontecimento impressionante, os cientistas explicam que o eclipse solar total não ocorrerá para sempre. Isso significa que, em algum momento, a humanidade deixará de observar eventos desse tipo; na verdade, muitas pessoas que não puderam assistir ao eclipse de 1994 podem não estar mais vivas quando o próximo ocorrer, daqui a aproximadamente 22 anos.

“Um eclipse total é uma dança com três parceiros: a lua, o sol e a Terra. Com o tempo, o número e a frequência dos eclipses solares totais diminuirão. Daqui a cerca de 600 milhões de anos, a Terra experimentará a beleza e o drama de um eclipse solar total pela última vez” disse o cientista lunar do Goddard Space Flight Center da NASA em Maryland,  Richard Vondrak, em um comunicado oficial.

O último eclipse solar total da Terra

Em um eclipse solar total, a Lua esconde o Sol por alguns momentos e permite a observação de um ‘círculo de fogo’ ao redor da paisagem — é como se você visualizasse um ‘anel brilhante’ cercando o corpo celeste.

O evento é considerado raro devido às condições específicas: o Sol e a Lua devem estar alinhados perfeitamente e o tamanho aparente do satélite natural deve estar conforme o alinhamento da estrela.

O último que pôde ser observado no Brasil ocorreu em 1994, e o próximo só acontecerá em 2045, mas os eclipses solares totais costumam se manifestar a cada 18 meses na Terra. Ou seja, embora sejam incomuns, são considerados ainda mais raros porque ocorrem com muito menos frequência dependendo da região do planeta.

No dia 12 de agosto de 2045, os residentes de algumas regiões do Brasil poderão observar o eclipse solar total.Fonte:  Getty Images 

Conforme a NASA explica, a Lua está se afastando da Terra lentamente, o que representa aproximadamente 4 centímetros por ano. Isso significa que daqui a 600 milhões de anos, os eclipses solares totais deixarão de existir, porque o tamanho aparente da Lua será pequeno demais para cobrir completamente o Sol.

A observação de um eclipse solar total é tão rara porque a sombra interna da Lua é pequena e limitada em relação à área onde o evento será visível. Para observar esse fenômeno, você precisa estar em um lado da Terra com muita luz solar e no caminho da sombra lunar. A NASA descreve que, em média, os eclipses solares totais só acontecem em um mesmo local do planeta a cada 375 anos.

O começo e o fim do eclipse solar total

O tamanho da Lua e do Sol são aparentemente semelhantes no céu e resultam nos eclipses porque a estrutura solar é 400 vezes maior que o satélite natural, que está quase 400 vezes mais próximo da Terra que o Sol.

Desde que foi formada, há cerca de 4,5 bilhões de anos, a Lua está ‘dançando em uma valsa orbital’ com a Terra que mantém os dois corpos celestes em uma relação interdependente. Com o distanciamento, a Lua parecerá cada vez menor no céu, mas a realidade é que ela nunca estará livre a órbita do nosso planeta.

O próximo eclipse solar no Brasil, será no dia 02 de outubro de 2024.Fonte:  Getty Images 

“Num futuro muito distante, os espetáculos apresentados pelos eclipses solares totais cessarão. Isso ocorre porque a Lua está, em média, afastando-se lentamente da Terra a uma taxa de cerca de 1-1/2 polegadas, ou 4 centímetros, por ano. Quando a Lua se afastar o suficiente, seu tamanho aparente no céu será pequeno demais para cobrir completamente o Sol”, a NASA explica em uma publicação.

De qualquer forma, é importante destacar que o afastamento gradual da Lua não será perceptível para os humanos, pois o processo deve durar milhões de anos. Consequentemente, a humanidade atual não estará mais viva quando o último eclipse solar total puder ser observado em algum local da Terra.

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