Em entrevista à Contigo! Novelas, a atriz Thalita Carauta, sucesso como a trambiqueira Leidi, de Mania de Você, comemora volta à TV
Depois do sucesso como a Mauritânia de Todas as Flores, a atriz Thalita Carauta repete a parceria com o autor João Emanuel Carneiro em Mania de Você, nova novela das 9 da TV Globo. A artista chega à trama na pele de Leidi, personagem que promete tirar a paz de Ísis, vivida por Mariana Ximenes. Em entrevista à Contigo! Novelas, ela declara seu amor pelas novelas brasileiras e comemora volta à telinha.
O João Emanuel Carneiro te escolheu para viver a Leidi, queria você na novela. Como recebeu a notícia?
Fico feliz e tensa ao mesmo tempo, porque é uma responsabilidade você honrar um convite, honrar a
confiança que a pessoa está depositando em você para um trabalho. É uma responsabilidade com o público também, do que a gente vai entregar, do que a gente pode construir nessa personagem, porque as pessoas chegam em casa, cansadas do trabalho e ligam a televisão para ter um entretenimento, para se emocionar ou se divertir. Então é assim sempre que recebo um convite, ainda mais sendo do João, feito com tanto carinho, tanta confiança no meu trabalho. Faz muita diferença o olhar das pessoas em relação a você, de quem aposta em você, de quem acredita em você e o olhar do João em relação a mim sempre foi um olhar de quem acreditou mesmo. Fico muito grata e retribuo isso dando o meu melhor para esse trabalho e estou muito feliz.
Esse seu visual é da personagem? Está curtindo?
É para ela e eu curti, estou amando! Adoro mudar pra personagem. Tem coisas na vida que eu nunca faria. Tenho muita vontade de raspar cabeça, por exemplo, mas não tenho coragem. Estou doida para vir uma personagem que tenha que raspar a cabeça para eu botar na conta dela [risos].
A Leidi é meio cínica, acha que tem um quê de Mauritânia? As duas personagens são do João, então acha que o público pode achá-las parecidas?
Acho que não vai ser assim, não tem como ser, porque a Mauritânia, ainda que, com outras referências,
tinha uma moral ali. Ainda que uma moral que ia pelo afeto, mais do que pelo que é certo, mas ela tinha uma dignidade, é uma pessoa com caráter, do bem, a Leidi é uma ratazana. É essa imagem que eu
tenho dela, ela é subterrânea, ela vai focar no que ela quer, ela revira lata, revira a casa dos outros para
conseguir o que quer, pra conseguir comida, é essa imagem da ratazana, do olhar atento, rápida, ligeira. Ela entra nessa casa se passando por funcionária, com um grande segredo em relação à personagem da
Mariana Ximenes, então ela tem um trunfo na mão e vai usar para conseguir o que quer, que é dinheiro,
riqueza, vida boa fácil, sem muito esforço. Ela tem umas máscaras também…
Essas máscaras vão caindo ao longo da trama?
Exatamente! O plot dessa novela é que o jogo vira o tempo todo. O João [Emanuel Carneiro] já é assim,
com muitas viradas, e em uma novela que tem um plot desse, então, cada capítulo é uma história.
A Leidi vai para o lado do humor também?
Certamente, já é uma proposta do João, já tem ali uma dinâmica mesmo dramatúrgica de a gente
brincar um pouco com isso, embora esse não seja o foco. A personagem tem história, tem uma trama,
uma meta e eu me comprometo muito em ser fiel à personagem, ao que ela tem que cumprir, qual é
a dinâmica dela na novela. Depois que eu entendo a personagem, depois que entendo a humanidade
dela, depois que entendo quem ela é, naturalmente o humor dela vai se apresentando. É uma construção muito aos poucos, cada personagem é realmente se jogar no escuro. E você deve ter muita paciência para aguentar o processo, porque às vezes dá uma angústia, é um trabalho incerto, a gente nunca tem certeza de quando um personagem chegou, se ele vai rolar ou não, então a gente vai com muita respiração e com esse comprometimento de dar o nosso melhor.
Acha que ela vai ser amada ou odiada?
Não sei o que a gente pode esperar, a Leidi tem muitas abas. Está muito legal, o público vai gostar porque o humor é algo que aproxima, mas ela também pode ter motivos ali para as pessoas não gostarem, para ter um pé atrás. Ela não tem caráter, se ela tiver que roubar e passar pra trás, ela vai fazer. Então estou curiosa, eu é que quero saber o que o público vai achar.