Segundo um homem, identificado como Greg Smith, ele conseguiu ver o atirador do telhado
Pessoas que estiveram no comício presidencial de Donald Trump relataram como foram os momentos após o ex-presidente ser ferido, no sábado. Segundo os relatos, eles começaram a ouvir que o ex-presidente dos EUA tinha sido baleado. Outra testemunha, identificada como Greg Smith afirmou ao jornal BBC que Thomas Matthew Crooks, identificado como o atirador, subiu no telhado de um prédio com uma para atirar contra o magnata.
EUA: Donald Trump se manifesta na web após sofrer atentado durante comício
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Como relatou Greg, logo após ver o homem subir ao telhado de um prédio, ele informou a polícia, que não respondeu de imediato ao aviso. “Eu avisei a polícia, ‘olha, tem um homem com uma arma no telhado e eles falaram ‘ok’. Eu continuei a avisar: ‘ele está no telhado, conseguimos ver daqui'”.
Logo após o aviso, ele ouviu os disparos. “O Serviço Secreto explodiu a cabeça dele. Eles subiram no telhado, apontaram as armas para ele e confirmaram que ele estava morto. Foi isso, acabou.”
O francoatirador foi morto por agentes do Serviço Secreto. Três homens, além de Trump, foram atingidos pelos tiros: um morreu e os outros dois estão em estado grave.
Um outro homem identificado apenas como Joseph, entrevistado pela NBC, contou sobre uma das vítimas do atentado. “Eu ouvi os tiros e alguém gritava ‘ele foi baleado, ele foi baleado. Eu avisei que era médico e que poderia ajudar. Ele estava com um tiro na cabeça e muito sangue”.
Também à NBC, uma mulher identificada apenas como Erin relatou que ouviu quatro tiros minutos depois que o comício começou. “Ninguém estava preocupado conosco. Estávamos preocupados apenas com ele”, em referência a Trump.
O ex-presidente foi ferido durante um comício na cidade de Butler
Rebecca Droke/AFP
Em sua fala, ela também lamentou o ocorrido: “Se você não gosta do cara, não vote nele. Não o mate. … O que há com essa violência?”
O caso
O ex-presidente Donald Trump foi retirado às pressas do palco por agentes do Serviço Secreto enquanto discursava em um comício eleitoral em Butler, na Pensilvânia, neste sábado. As autoridades policiais americanas identificaram Thomas Matthew Crooks, um jovem de 20 anos da cidade de Bethel Park, na Pensilvânia, como o francoatirador que tentou assassinar o ex-presidente e candidato à Casa Branca.
No momento dos disparos, que puderam ser ouvidos durante a transmissão ao vivo do evento, Trump interrompeu o discurso e abaixou a cabeça. Depois, Trump levou a mão na orelha direita e abaixou rapidamente, inicialmente dando a impressão de que havia caído. A multidão grita.
Um agente de segurança corre se lançou no chão para proteger o republicano. Na sequência, mais três seguranças se aproximam, agacham e protegem o ex- presidente. Os múltiplos disparos em direção ao palco cessam por um instante e a multidão continuou gritando.
Logo em seguida, as autoridades presentes instruíram o público a se abaixar e a se cobrir, enquanto a imprensa se retirava do palanque onde Trump discursava. Após uma breve pausa, o republicano se levantou, cercado por agentes e com a orelha sangrando, ergueu o punho para a multidão e foi levado às pressas para sua comitiva, que deixou rapidamente o local. Não se sabe ao certo se o que atingiu Trump de raspão foi um estilhaço de bala ou de vidro.
O incidente está sendo investigado como “tentativa de assassinato” pelo FBI, o Serviço Secreto e a Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos dos EUA, juntamente com outras agências de segurança americanas, afirmou a Associated Press citando fontes familiarizadas com o assunto.
O incidente ocorre dois antes da Convenção Nacional Republicana, em que Trump será confirmado como candidato do partido para as eleições de novembro contra o presidente Joe Biden. Também ocorre no momento em que é crescente a pressão para a saída do democrata da corrida eleitoral após um desempenho desastroso em um debate em 27 de junho.
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