Nesta terça-feira (13), o órgão United Auto Workers (UAW), sindicato que defende os interesses de trabalhadores do ramo automotivo, apresentou uma denúncia de prática trabalhista injusta contra a campanha de Donald Trump e o CEO da Tesla, Elon Musk, após o ex-presidente defender a demissão de funcionários em greve durante uma entrevista no X.
“Eles entram em greve, não vou mencionar o nome da empresa, mas eles entram em greve e você diz: ‘Tudo bem, vocês estão todos fora. Cada um de vocês está fora.’,” disse Trump na entrevista da última segunda-feira com Elon Musk, que também é proprietário da plataforma de mídia social.
A demissão de funcionários em greve ou a ameaça de fazê-lo é uma violação da Lei Nacional de Relações Trabalhistas. Os comentários de Trump surgiram em meio aos seus esforços para conquistar o apoio de membros de sindicatos de base, apesar de a maioria dos grandes sindicatos — incluindo o UAW — ter endossado a vice-presidente Kamala Harris desde que o presidente Joe Biden saiu da corrida presidencial.
O Conselho Nacional de Relações Trabalhistas precisará investigar a queixa do UAW e decidir se deve prosseguir caso encontre mérito na denúncia. Musk já está enfrentando o Conselho em tribunais federais, tentando bloquear ações de fiscalização contra uma de suas outras empresas, a SpaceX.
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Trump recebeu ataques públicos da UAW
- O presidente do UAW, Shawn Fain, não poupou críticas a Trump em sua declaração, atacando-o por apoiar Musk, que está contribuindo para um comitê de campanha que apoia a candidatura de Trump à presidência.
- “Trump e Musk querem que os trabalhadores se calem e fiquem de lado, e eles riem disso abertamente. É repugnante, ilegal e totalmente previsível vindo desses dois palhaços,” disse Fain.
- Trump também atacou Fain e outros líderes sindicais na entrevista, dizendo que os membros deveriam desafiá-los e votar para que ele retornasse à presidência.
- Nem a campanha de Trump, nem Musk ofereceram um comentário imediato sobre a denúncia do UAW.
Fonte: Olhar Digital