O Sevilla irá remodelar seu estádio, o tradicional Ramón Sánchez Pizjuán, inaugurado em 1958, em busca de tornar o espaço multiuso e melhorar a arrecadação do clube. O projeto, que irá demandar investimento entre € 300 milhões e € 350 milhões, prevê a ampliaçao da capacidade do estádio de 43.800 lugares para 55 mil torcedores.
“Dentro de nossos pilares estratégicos, podemos dizer que o novo Ramón Sánchez Pizjuán é o projeto mais importante, que poderia gerar receitas de entre € 26 milhões e € 40 milhões líquidos por temporada, permitindo a exploração do estádio nos 365 dias por ano e não apenas em dias de jogos”, prevê José María del Nido Carrasco, em entrevista à Máquina do Esporte.
O dirigente, que deu palestra sobre os projetos do clube durante o Sports Summit, em São Paulo, acredita que esses números possam ser obtidos com o aumento de ofertas de serviço de hospitalidade, camarotes e assentos vip, além de possibilidade de ampliação de parcerias comerciais.
“Quando planejamos fazer um novo estádio, procuramos um consultor de primeiro nível, que realizou um estudo de modelo construtivo e econômico”, conta Carrasco.
“Levamos em conta diferentes negócios, como eventos de outros esportes, hotel, restaurante, bares. Há vários tipos de negócios que nos sugeriram, celebrar congressos de todo tipo, eventos corporativos ou esportivos”, acrescenta.
A ampliação da arena ainda prevê 5.500 lugares de áreas vip, o que corresponde à 10% da nova capacidade do estádio, que será coberto, para maior conforto de todo o público.
“Em Sevilla faz muito calor e isso vai permitir que não sofram tanto com isso, nem quando chove”, diz o dirigente.
Naming rights
Há outras iniciativas para monetizar o novo estádio e gerar visibilidade a novos parceiros comerciais, como a venda dos naming rights tanto da arena como de setores das arquibancadas.
“A empresa que nos fez um estudo consultivo nos disse que se tivéssnos um estadio novo, seria muito mais fácil atrair as marcas, porque esse novo estádio seria mais apetitoso, atraente para as marcas”, analisa.
Para que a obra possa ser iniciada, o Sevilla já apresentou o projeto para a prefeitura da cidade para obter a permissão de remodelação urbanística. A ideia é iniciar as obras em julho de 2026 e ter o novo espaço pronto em meados de 2028.
Durante esse período, o Sevilla mandaria seus jogos no estádio La Cartuja, arena municipal que é pouco utilizada na cidade.
“Vamos acertar com a prefeitura e o governo da Andaluzia para atuarmos ali durante duas temporasa enquanto estiver sendo derrubado o antigo Ramón Sánchez Pizjuán para a construção do novo espaço”, conta o presidente do Sevilla.