A Fazenda 16 estreou nesta segunda-feira, 16, e elevou a audiência da Record em 102% no horário, com o comando de Adriane Galisteu pelo quarto ano consecutivo. De acordo com dados consoliddos, a edição marcou 6,8 pontos e teve pico de 7,6, número superior aos primeiros episódios de A Fazenda 15 (6,6) e A Fazenda 14 (6,2). Apesar de um início animador, o reality show tem um longo caminho para percorrer até dezembro deste ano.
Ingrediente indispensável para o sucesso de qualquer formato do gênero, a repercussão conta com o complemento das redes sociais para se propagar aos quatro cantos do Brasil. O meio é fundamental para o desempenho final em matéria de audiência consolidada.
A tarefa de falar com o público alvo do confinamento, no entanto, vai exigir mais esforço dos envolvidos para consolidar o sucesso dentro e fora das telas. Isso porque nos últimos anos o X, antigo Twitter, se transformou na principal ferramenta para medição de conversas de segunda tela em todo o mundo.
A rede social de Elon Musk fechou o escritório e deixou o país em agosto, o que culminou no bloqueio da plataforma em todo território nacional por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Sem o X, a Record tem a difícil missão de incentivar diálogos e espalhar a nova temporada de A Fazenda. Para isso a emissora já começou a se movimentar e migrou para o Bluesky, alternativa encontrada pelos brasileiros para se comunicar em poucos caracteres.
Até então com um número insignificante em comparação com outras grandes redes sociais, o Bluesky enfrentou um aumento de novos usuários brasileiros e o problema para permitir a publicação de vídeos, principal formato usado por quem assiste e comenta reality para divulgar acontecimentos em tempo real e criar conversas.
Mas parece que a emissora não teme o fracasso do confinamento quando o assunto é repercussão na web, um dos principais atrativos para os anunciantes. Antes mesmo da estreia, a Record divulgou regras rigorosas para impedir o uso indevido de imagens de A Fazenda 16.
O documento foi amplamente divulgado para a imprensa e criadores de conteúdo, com regras de que vídeos devem conter até 59 segundos de duração. Para fiscalizar possíveis violações, a TV conta com uma ferramenta com inteligência artificial (IA) que automaticamente derrubará os materiais fora do padrão.
Sem o X e com novas regras para o compartilhamento de vídeo, o desafio de turbinar a repercussão ficará ainda mais difícil. Até lá, tudo deve ocorrer na base da observação e do hábito de consumir tevê em duas telas.