O Rio de Janeiro poderia ter abrigado, em 2017, duas partidas da NFL. Mas, por falta de dinheiro para investir na realização das partidas, a cidade e o estado do Rio perderam o evento, que somente em 2024 acontecerá no Brasil, mas em São Paulo.
A revelação foi feita por Pedro Rego Monteiro, fundador da Effect Sport, agência que cuida dos negócios da NFL no Brasil, em conversa no Maquinistas, o podcast da Máquina do Esporte. Monteiro revelou que o estádio do Maracanã seria o palco de dois jogos, sendo um o Pro Bowl e outro uma partida da temporada regular.
“A ideia era trazer dois jogos para o Brasil em 2017. Essa conversa foi lá em 2015. A ideia era trazer o Probowl, que estava saindo do Havaí que não estava muito encaixado, antes de ir para Orlando, e trazer um jogo de temporada regular também para o Brasil. O jogo seria no Maracanã. A gente fez visita do estádio, veio time de segurança, a coisa deu uma avançada boa, mas aí faltava um aporte do estado e da cidade. A gente teve uma reunião na época com o governador Pezão que disse que não haveria condições financeiras de investir. Embora a gente tenha tentado explicar que o retorno do investimento seria dez vezes maior, não teve como”, disse.
De acordo com o executivo, foi a partir dali que a NFL mudou o planejamento para expandir dentro do mercado brasileiro. A ideia foi passar a investir na área digital para ampliar a base de fãs no país e, só depois, começar a olhar a possibilidade de trazer jogos oficiais.
“A NFL falou que queria focar no digital e crescer a base de fãs no Brasil. Eles não tinham nenhuma rede social no Brasil, só conteúdo tagueado no Facebook. Chegamos a indicar duas agências para eles, mas o negócio não evoluiu. Eles abriram então uma concorrência e pediram para a gente participar. A gente tinha um plano de investir no digital, mas apenas depois dos Jogos Olímpicos. Montamos um time muito bacana e fizemos uma imersão durante um mês para apresentar a proposta. Hoje somos a agência que cuida de todo o digital da NFL no Brasil, dos eventos, dos patrocínios e da área comercial”.









![O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em áudio enviado para o pastor Silas Malafaia que sem a votação da anistia não há possibilidade do Brasil negociar o tarifaço com os Estados Unidos.
A conversa é uma das citadas pela Polícia Federal (PF) no relatório que indiciou Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro pela atuação deles para colocar os EUA contra autoridades brasileiras e por coação no âmbito do processo da trama golpista.
“Malafaia, o que eu mais tenho feito é conversar com pessoas mais acertadas, vamos assim dizer no tocando que se não começar votando a anistia não tem negociação sobre tarifa”, afirma Bolsonaro no áudio enviado em 13 de julho para o pastor.
Na mensagem, o ex-presidente ainda faz uma alusão às tentativas de governadores, entre eles Tarcísio de Freitas, de São Paulo, de tentar negociar com a
Embaixada dos EUA.
“Não adianta um ou outro governador querer ir pros Estados Unidos, ir pra embaixada, para não sei onde quer que ele vá, tentar sensibilizar. Não vai só seguir. Da minha parte, é por aí pô”, diz Bolsonaro.
“Eu tenho meus contatos, não falo com ninguém e tô fazendo aquilo que entendo, você tem razão, é a anistia.
Resolveu a anistia, resolveu tudo. Não resolveu? Já era.
Ele não perde nenhum. Tenha certeza disso”, completou Bolsonaro no áudio.
O áudio de Bolsonaro vem em resposta a mensagem de Malafaia, que, segundo a PF, estaria dando “orientações” a Bolsonaro sobre como se posicionar após a carta de Trump que impôs as taxas de 50% sobre o Brasil, em 9 de julho, dias antes da conversa.
Segundo Malafaia, seria necessário “pressionar o STF dizendo que se houver uma anistia ampla e total, a tarifa vai ser suspensa. Ainda pode usar o seguinte argumento:
Não queremos ver sanções contra ministros do STF e suas famílias. Eles se cagão [sic] disso! A questão da tarifa é justiça e liberdade, não econômica. Traz o discurso para isso!”, afirmou.
Pouco depois dessa mensagem, Malafaia envia um áudio em que “novamente orienta Bolsonaro em como direcionas a narrativa para os interesses dos investigados”, diz o relatório.](https://sudoestems.com.br/wp-content/uploads/2024/03/537227944_1300949231658827_2324692362068409941_n-269x320.jpg)

