O Rio de Janeiro quer aproveitar o sucesso do tênis feminino brasileiro para ampliar o leque de grandes eventos internacionais oferecidos ao público. Rafael Picciani, secretário de esportes e lazer do Estado do Rio de Janeiro, fez a revelação no podcast “Maquinistas no Rio Open”, que entrevista os principais executivos ligados ao evento que acontece entre 19 e 26 de fevereiro próximos.
“Tenho provocado a organização com a hipótese de trazer um WTA. Acho que esse momento que a Bia Haddad vive requer que a gente tenha uma oportunidade de vê-la jogando em casa, isso para a torcida, para o público, para o poder público, para a mídia. Seria muito especial, e a gente está com a porta aberta para tornar esse sonho possível”, afirmou o secretário.
De acordo com Picciani, os ganhos são esportivos, com mais oportunidade para atletas brasileiros, e financeiros, com a movimentação da economia da cidade-sede do evento e do próprio estado a partir do uso da Lei de Incentivo estadual.
MAQUINISTAS NO RIO OPEN: CONFIRA OS EPISÓDIOS
BIBIANA BERG, BANCO SANTANDER
RAFAEL SALLES, DA ALLOS
RAFAEL PICCIANI, SECRETARIA ESPORTES E LAZER
LEANDRO PROVEDEL, ENGIE BRASIL
O secretário usou o próprio Rio Open como exemplo para mostrar o benefício de o estado fluminense abrigar grandes eventos esportivos.
“O patrocínio do governo do estado gira em torno de 15 milhões de reais ao Rio Open, através da lei de incentivo ao esporte via dedução do ICMS. O retorno imediato supera 100 milhões de reais. Isso só na cidade do Rio. Se você considerar que parte dos nossos turistas que vem ao Rio Open estendem esse passeio a outras cidades, ele aproveita, vai a Angra dos Reis, vai a Búzios, vai a Niterói”, enumerou.
O investimento em grandes eventos internacionais vem sendo uma das estratégias adotadas pelo Rio de Janeiro para ampliar o turismo esportivo e, claro, faturar mais.
“A Maratona do Rio (em junho), o Rio Open e os eventos da WSL, do Mundial de surfe, geram um impacto direto na economia do estado, superior a 500 milhões de reais. Então, a gente está falando de um investimento do estado através de renúncia fiscal da ordem de 30 a 40 milhões e um retorno de mais de 500 milhões. Sem falar nos postos de emprego gerado, no trabalho permanente que algumas fornecedoras de serviço acabam obtendo”, completou Picciani.
O secretário ainda pontuou que o benefício se estende a outros torneios, já que a Lei de Incentivo prevê que parte da receita obtida em patrocínio financie outras atividades esportivas no estádio do Rio de Janeiro.
“Até 20% do patrocínio do Rio Open serve para o estado patrocinar outras iniciativas esportivas que muitas vezes são em regiões que têm mais dificuldade. São eventos no interior, na Baixada Fluminense, em áreas mais carentes, ou então que sirvam para destacar um novo destino turístico que o estado possua em algum município vizinho da capital”, disse.
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![O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em áudio enviado para o pastor Silas Malafaia que sem a votação da anistia não há possibilidade do Brasil negociar o tarifaço com os Estados Unidos.
A conversa é uma das citadas pela Polícia Federal (PF) no relatório que indiciou Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro pela atuação deles para colocar os EUA contra autoridades brasileiras e por coação no âmbito do processo da trama golpista.
“Malafaia, o que eu mais tenho feito é conversar com pessoas mais acertadas, vamos assim dizer no tocando que se não começar votando a anistia não tem negociação sobre tarifa”, afirma Bolsonaro no áudio enviado em 13 de julho para o pastor.
Na mensagem, o ex-presidente ainda faz uma alusão às tentativas de governadores, entre eles Tarcísio de Freitas, de São Paulo, de tentar negociar com a
Embaixada dos EUA.
“Não adianta um ou outro governador querer ir pros Estados Unidos, ir pra embaixada, para não sei onde quer que ele vá, tentar sensibilizar. Não vai só seguir. Da minha parte, é por aí pô”, diz Bolsonaro.
“Eu tenho meus contatos, não falo com ninguém e tô fazendo aquilo que entendo, você tem razão, é a anistia.
Resolveu a anistia, resolveu tudo. Não resolveu? Já era.
Ele não perde nenhum. Tenha certeza disso”, completou Bolsonaro no áudio.
O áudio de Bolsonaro vem em resposta a mensagem de Malafaia, que, segundo a PF, estaria dando “orientações” a Bolsonaro sobre como se posicionar após a carta de Trump que impôs as taxas de 50% sobre o Brasil, em 9 de julho, dias antes da conversa.
Segundo Malafaia, seria necessário “pressionar o STF dizendo que se houver uma anistia ampla e total, a tarifa vai ser suspensa. Ainda pode usar o seguinte argumento:
Não queremos ver sanções contra ministros do STF e suas famílias. Eles se cagão [sic] disso! A questão da tarifa é justiça e liberdade, não econômica. Traz o discurso para isso!”, afirmou.
Pouco depois dessa mensagem, Malafaia envia um áudio em que “novamente orienta Bolsonaro em como direcionas a narrativa para os interesses dos investigados”, diz o relatório.](https://sudoestems.com.br/wp-content/uploads/2024/03/537227944_1300949231658827_2324692362068409941_n-269x320.jpg)

