Governador Eduardo Riedel (PSDB) pede anistia a condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram acusados de destruir e depredar as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Em publicação nas redes sociais, Riedel diz que é preciso olhar para a frente e afastar-se da guerra política.
O mandatário defende uma revisão nas penas aplicadas às pessoas condenadas por envolvimento no ato. Em alguns casos, os envolvidos chegaram a pegar penas que variam de 14 a 17 anos, como aconteceu com a cabeleireira Débora dos Santos, que ficou conhecida por pichar “perdeu, mané” na estátua do STF (Supremo Tribunal Federal) no 8 de janeiro.
“Considero necessário aprovar uma anistia que, em muitos casos, também tem caráter humanitário. Do meu ponto de vista, não dá para julgar e penalizar com a mesma régua o que é completamente diferente. Do ponto de vista político, acredito que o Congresso Nacional tem a obrigação de votar a matéria, considerando-a, inclusive, como um passo imprescindível para a pacificação do país. Não dá para errar de novo e no mesmo lugar: tentar reparar eventuais excessos cometidos naquele momento com excessos do atual momento”, diz Riedel ao defender a anistia.
Ao declarar apoio, Riedel se junta aos demais governadores que defendem a anistia aos condenados, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Jorginho Mello (PL-SC), Cláudio Castro (PL-RJ) e Mauro Mendes (União Brasil-MT).
ATO
Uma nova manifestação para pressionar o Congresso pela anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 será realizada neste domingo (6) na Avenida Paulista, em São Paulo. O ato está marcado para começar às 14h e contará com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, governadores, lideranças políticas e religiosas do país.