Escolhida para substituir Paraíso Tropical no Vale a Pena Ver de Novo, Alma Gêmea é relembrada com carinho por Priscila Fantin
A TV Globo adiantou a estreia de Alma Gêmea para 29 de abril – antes prevista para 6 de maio -, sendo exibida, concomitante, com Paraíso Tropical, que deverá sair do ar no dia 3 do próximo mês. A notícia deixou os fãs da novela espírita de Walcyr Carrasco em polvorosos. No centro da história de amor que marcou época, estão os atores Eduardo Moscovis, intérprete de Rafael, e Priscila Fantin, que deu vida a doce Serena. Em entrevista à Contigo!, a atriz ressalta que a trama é um fenômeno e elogia o autor: “Walcyr Carrasco é muito gênio”.
Exibida originalmente em 2005, esta será a segunda vez que o folhetim entrará na faixa de programação da emissora. Em 2009, em sua primeira reexibição, a novela foi um grande sucesso de audiência. A trama fala sobre o amor eterno de um homem e uma mulher tragicamente separados e que, cerca de 20 anos depois, voltam a se encontrar quando ela reencarna em um novo corpo.
“Uma delícia, essa reprise. Acho a novela uma obra-prima. Ela é um marco, não só para mim, mas para a TV. Ela foi uma novela que alterou o horário das pessoas de trabalho, na época que passou, que era às seis da tarde, porque tinha gente que parava para assistir a novela e voltava depois, ao invés de encerrar o expediente. Então, ela foi um fenômeno. Após dez anos, ela conseguiu atingir alguns números nesse horário. O Walcyr é muito gênio, ele escreve folhetim com uma propriedade, com ingredientes muito gostosos de você assistir, saborear mesmo”, diz Fantin.
A artista destacou o tema abordado na trama. “Alma Gêmea abrange toda uma questão de fé, que ultrapassa a questão da religião. A Serena trazia algumas frases, palavras, que são curativas. Recebi o feedback de muita gente falando isso. Falavam: ‘Nossa, na época que estava passando a novela, eu estava em uma situação muito difícil, e quando via a Serena, aquilo me acalentava, me acalmava, então muito obrigada’. Acho que a novela é muito especial. Fico muito feliz sempre que ela volta”, revela.
BELEZA ETERNA
Hoje, 19 anos depois da primeira exibição, Priscila Fantin desfila por aí a mesma beleza, parece que o tempo não passou para ela. À Contigo!, ela tenta explicar o que faz para manter a pele sempre muito bonita. “Talvez seja mais genético, sabe? Meu pai tem 77 anos e ele é fortão, está no mato trabalhando, e ele não tem cara. Acho que é uma questão de genética, porque eu sou muito tranquila. Talvez a forma que eu tenha lidado com a beleza ao longo da minha vida, possa ter colaborado com um “menos envelhecimento”, porque não sou de usar maquiagem”, diz.
“Não sei se isso é cientificamente comprovado ou não, mas gosto dos poros estarem sempre livres, respirando. Não sei se isso ajuda. Eu coloco maquiagem e fico agoniada para tirar, lavar o rosto porque parece que não está respirando. Então, tem uma coisa de naturalidade, que eu acho, que não sei se colabora para o não envelhecer”, emenda a atriz.
ESPETÁCULO PELO BRASIL E EXTERIOR
Priscila Fantin é casada com Bruno Lopes e os dois se apresentam pela última vez no Hotel Renaissance, em São Paulo, neste sábado, 13, com a comédia romântica Precisamos falar de amor sem dizer eu te amo. A peça – que também é dirigida pelos artistas – conta a história de Bento e Pilar, jovens viúvos que se conhecem num aplicativo de relacionamento e decidem dar uma nova chance ao amor. O espetáculo viaja pelo Brasil e exterior há seis anos e é a “menina dos olhos” dos atores.
Bruno tem uma filha de 5 anos, perdeu a mulher no parto da menina e cuida dela sozinho. Pilar perdeu o marido bombeiro em um incêndio, há um ano. “No luto, eles começam a se aventurar no aplicativo de relacionamento para viúvos, dá um match, e eles começam a conversar. Esse é o primeiro ponto presencial”, fala Priscila.
“Foi no começo dos aplicativos, era quase um cardápio mesmo. As pessoas se encontravam simplesmente para transar. Estava naquele ápice todo. Achei bonita essa coisa de ser específica para viúvos porque eles já têm uma fragilidade, um medo, então eles estão num mesmo lugar, como se estivessem num mesmo equilíbrio, sabe? Então fica mais fácil deles se apresentarem, e trazer um pouco à tona as dores que eles carregam, é natural”, aponta Bruno.
Para a atriz, o luto é um peso para as pessoas e o autor conseguiu fazer a peça de uma maneira leve, divertida e alto-astral. “Porque a gente se solta, a gente ama esse espetáculo. Quando a gente recebeu o texto, no Dia dos Namorados, em 2018, a apresentação era no dia 4 de julho, em Moçambique, a gente foi lendo e parecia que a gente já conhecia aqueles personagens. Simplesmente a gente abriu o texto e já começamos a bater bola de Pilar e de Bento, como se aquilo fosse natural, Pilar e Bento vieram”, destaca Priscila.