Operação no município prendeu duas pessoas
Dândara Genelhú –
A Prefeitura de Ivinhema afirmou nesta quarta-feira (30) que não foi alvo da operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado). A nota foi publicada após ação do grupo no município, a 292 quilômetros de Campo Grande. Contudo, o prefeito Juliano Ferro (PSDB) confirmou a apreensão na casa particular.
“A Prefeitura vem através da presente nota esclarecer que, a citada operação não foi direcionada ou tinha como alvo buscas e apreensões no Paço Municipal ou qualquer prédio desta repartição pública”, afirmou a administração municipal.
A operação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (30). Após a ação dos oficiais, o prefeito do município confirmou que a residência privada foi alvo de busca e apreensão.
“Houve uma operação lá na minha casa hoje”, disse Juliano Ferro. Segundo ele, foram apreendidos valores em dinheiro e cheque, além do celular.
“Levou dinheiro meu de carro que eu trabalho, cheque que eu trabalho. Não sei do que é, mas estou à disposição da Justiça sul-mato-grossense”, informou.
No entanto, disse nas redes sociais que ainda não sabe o teor das investigações. “Não sei se é relacionado a minha vida particular ou a Prefeitura. Estou sem celular, foi apreendido também”, disse.
O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), por meio do Gaeco, deflagrou na manhã desta quarta-feira (30) a Operação Contrafação, em apoio a investigação que tramita perante à 1.ª Promotoria de Justiça de Ivinhema.
Conforme divulgado pelo órgão, o objetivo é dar cumprimento a oito mandados judiciais de busca e apreensão domiciliar, a um mandado de busca e apreensão de veículo e intimações acerca da imposição de medidas cautelares alternativas diversas da prisão.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, foram apreendidos R$ 79 mil em dinheiro, além de armas, carregadores e munições. Duas pessoas foram levadas à delegacia por posse de arma. Um deles, conforme apurado pelo Jornal Midiamax, é o dono de uma garagem de automóveis.
As investigações revelaram que um veículo de luxo, do tipo caminhonete, que já pertenceu ao prefeito Juliano Ferro (PSDB) – conhecido também por ser influencer com mais de 760 mil seguidores no Instagram – também, a um empresário local, ainda que sem registro formalizado em nome de qualquer deles, acabou tendo sua transferência efetivada, em sequência, para o nome de dois policiais militares deste Estado, baseada em documentação falsificada.
A transferência ocorreu em junho de 2023, perante o Detran em Maracaju, todavia, o proprietário do bem junto ao órgão de trânsito já havia falecido há mais de 3 anos, o que demonstra a falsificação. A reportagem tentou contato com o prefeito, mas ligações não foram atendidas. O espaço segue em aberto.