Prefeitura de Campo Grande explicou, nesta terça-feira (28), como funciona a classificação de risco para pacientes que buscam atendimentos nas unidades de saúde. A regra foi criada há 15 anos pela Saúde municipal com base em diretrizes do Ministério da Saúde.
Segundo divulgado, todo cidadão tem direito a bom atendimento e espera-se que isso ocorra no menor tempo possível, mas a regra precisa ser seguida pelos profissionais da saúde.
Segundo o médico Bruno Casal, assessor técnico da coordenação de urgência, apesar dos pacientes já estarem acostumados com o modelo, é sempre importante reforçar a explicação para que todos compreendam.
”… muito embora, por vezes, possa causar um descontentamento no paciente por ele validar a sua queixa como de maior gravidade em relação ao outro paciente”, completa.
Mais pacientes
Com a chegada da temporada de frio, muito mais pessoas têm procurado atendimento nas unidades de saúde, e obedecer a ordem de classificação ajuda a evitar transtornos, e o agravamento de casos.
O paciente chega a uma unidade de urgência e emergência (CRSs e UPAs), faz uma ficha com os dados pessoais, e em seguida é encaminhado para um enfermeiro que fará a classificação de risco.
Só esse tipo de profissional está autorizado a conduzir o protocolo. O paciente informa os sintomas, é feita a aferição de pressão arterial, temperatura, frequência cardíaca e respiratória, e em seguida o enfermeiro estipula o risco.
As unidades de saúde da família (USFs) também seguem a mesma classificação quando se trata de atendimentos não agendados.
Cores
Vermelho: atendimento imediato (alto risco de morte)
Amarelo: atendimento em até 30 min (risco moderado)
Verde: atendimento em até 2 horas (baixo risco)
Azul: atendimento em até 4 horas (sem risco)
Classificação de risco
O protocolo de classificação de risco foi publicado no diário oficial de Campo Grande em 18 de agosto de 2009. Tem 5 capítulos, ocupa 5 folhas e tem diretrizes importantes como a redução das mortes, a extinção da triagem por um funcionário não qualificado, a redução do tempo de espera, a prioridade de critérios clínicos, a padronização de dados para estudos e planejamento de ações, e ainda a satisfação dos profissionais e usuários.
Bruno Casal lembra também que a classificação de risco é um sistema utilizado em todo o mundo nos serviços de emergência e “serve para organizar o atendimento dos pacientes pelo risco de gravidade e não mais por ordem de chegada, ou seja, quem tiver maior risco de morte é prioritário em relação ao de menor risco de morte”, conclui.