Natanny Lopes, 33 anos, e outras mães de crianças autistas se dizem pegos de surpresa com corte de professores de apoio e salas de recursos, em escolas municipais de Amambai. Houve revolta e protesto e a prefeitura teria garantido que ninguém ficaria desassistido.
Lopes é mãe de um menino de 5 anos e tem procurado diversos meios para que o filho dela, com autismo nível de suporte 2, TDAH Seletivo, fique se a assistência adequada. Ela revelou que os pais dos especiais souberam do corte na quarta-feira (8).
”Fomos ao Ministério Público ontem [quinta-feira 11]. É lei, mas estão nos negando”, desabafou Natanny.
Natanny exibe o filho com orgulho e só quer assistência (Foto: divulgação)
A mãe em questão trouxe vídeos com declarações de outras mães e pais, políticos e até o protesto feito contra o poder público municipal. Em uma rádio, um homem comentou que ‘’a gente não está pedindo um favor, a gente está pedindo para cumprir a lei”.
Uma outra manifestante, identificada como ”Suzana”, detalhou que a prefeitura declarou que ficaram 27 profissionais de apoio e garantiu que todos seguiriam com assistência. Mas ela rebate o cenário colocado.
”São cerca de 100 pais e 27 professores de apoio. Seria um profissional de apoio para uma escola inteira”, lamentou a mulher. Ela continua a reclamação detalhando que o número é insuficiente para atender a demanda local.
”… ou seja, se dois alunos precisarem de atenção é impossível atender”, estimou a denunciante. Ela comenta que o ideal é um docente de apoio para cada três alunos com deficiência.
A prefeitura teria divulgado que todas as escolas teriam salas multifuncionais e iriam funcionar normalmente. Mas a mãe rechaça e cita a Escola Antônio Pinto sem tal estrutura.
Entramos em contato com o prefeito, Dr. Bandeira, mas a ligação não completou. O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura de Amambai.