A morte de Leonardo Rodrigues Nunes, de 24 anos, na última quarta-feira, 12, é investigada pela Polícia Civil de São Paulo. O jovem foi atingido por tiros na Vila Natália, na Zona Sul da capital, após um encontro com um desconhecido marcado por meio de um aplicativo de relacionamento gay.
Ele foi socorrido ao pronto-socorro do Hospital Ipiranga, que fica a cerca de 15 minutos do local, mas não resistiu e veio a óbito. Nunes compartilhou a localização em tempo real e pediu para um amigo avisar a polícia caso ele não entrasse em contato até 2h da madrugada. O encontro ocorreu por volta das 23h. O homem com quem o jovem conversou por aplicativo apagou o perfil.
De acordo com informações do SP 1, telejornal da Globo, a polícia trabalha como principal linha de investigação sobre o crime de ódio. Isso porque a ação teria sido arquitetada por criminosos para tirar a vida de Nunes por causa da sua orientação sexual.
O caso de Leonardo é semelhante a tantos outros que ocorreram nos últimos meses em São Paulo. A repercussão da morte do jovem causou comoção nas redes sociais e provocou uma onda de denúncias de pessoas que teriam sido vítimas de crimes parecidos.
Segundo relatos, uma quadrilha atua na região do Sacomã, na Zona Sul da capital, com falso encontro marcado em aplicativos de relacionamento destinados ao público gay. Eles passam o endereço e surpreendem as vítimas logo na chegada.
O corpo de Leonardo foi velado no Cemitério Vila Nova Galvão, em Guarulhos, na Grande SP, neste sábado, 15. Amigos e familiares do jovem prestaram homenagens durante o dia e se emocionaram. Ele era natural de Minas Gerais, mas morava na capital.
Adriana Nunes, mãe de Leonardo, estava abalada durante todo o velório. Em entrevista, ela questionou a falta de impunidade. “Isso não pode continuar. Hoje foi o meu filho, amanhã é o filho de quem mais? Quantos mais Leos vamos precisar perder?”, desabafou.