Pente-fino no Sesi/Fiems descobre imóveis abandonados e sem benefício para o trabalhador

Controladoria-Geral da União fez um pente-fino nos imóveis do sistema Sesi/Fiems e descobriu que alguns estão ociosos em Mato Grosso do Sul, na gestão do presidente Sérgio Marcolino Longen. O órgão de fiscalização pediu ”inteligência” no uso desse patrimônio e que seja destinado para benefício do trabalhador da Indústria. 

O TopMídiaNews teve acesso ao relatório, que é uma espécie de auditoria, nesta quarta-feira (17). Conforme já foi noticiado, a entidade presidida pelo dono da Semalo, mantém dinheiro em aplicações financeiras, ao passo que base de trabalhadores beneficiados com descontos ou gratuidades poderia ser maior. 

Imóveis 

Conforme divulgado em relatório, até 2022, foram contabilizados 61 imóveis do Sesi/Fiems em MS. 17 deles são de uso próprio (4 compartilhados) 19 cedidos, 24 terrenos e 1 alugado de terceiros (compartilhado). Três dos imóveis de uso próprio estavam em obras e dois cedidos. O valor desses bens soma cerca de R$ 173 milhões. 

Mas nem tudo são flores, conforme apontado pela CGU, há imóveis ociosos e que, atualmente não são usados em benefício do trabalhador da Indústria, que é o público-alvo das entidades. 

Parados

Na listagem obtida pela Controladoria, há 19 lotes de terrenos nas Rua Wanderley Pavão e Rua Ada Fraiha Novaes, no Residencial Búzios, em Campo Grande. As áreas somam 4.750 m². Todo esse volume foi comprado em 1998 e está sem uso. Houve tentativa de venda em 2019, por meio de leilão, mas sem interessados. 

Outra área que chama a atenção é uma no José Abrão, na Capital. O local, na Rua Abrão Baccach tem 80 mil m², foi comprado em 2002 e também está às moscas. Também houve tentativa de venda, mas igualmente sem interessados. 

Soma-se a isso diversos terrenos em Três Lagoas, de cerca de 190 mil m². O pior é o que vem a seguir: prédio da antiga Escola do Sesi está abandonado desde 2016, quando inaugurou outra estrutura da entidade na cidade. São 10 mil m² no total e 4 mil m² de área construída. 

A entidade comandada por Longen justificou que tem projeto de usar o imóvel, na Avenida Dr. Eloy Chaves, que inclui creche e espaço para treinamentos e capacitações dos trabalhadores da indústria. 

O espaço está aberto para manifestações dos citados. 



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