Pavel Durov, CEO do Telegram, se defende e diz que prisão na França foi equivocada

O CEO do Telegram, Pavel Durov, se manifestou pela primeira vez após sair da prisão no último dia 28 de agosto, na França. Em uma publicação no mensageiro nessa quinta-feira (5), ele disse que a sua detenção foi “surpreendente” e “equivocada”, além de ter revelado que o crescimento do app tornou mais difícil o seu controle.

No texto, o executivo cita várias razões pelas quais considera a prisão injusta. Uma delas é a presença de um representante oficial da plataforma na União Europeia (UE), da qual a França faz parte, que aceita e responde a todas as solicitações judiciais recebidas.

Pavel Durov se manifestou em seu canal oficial no Telegram.

Além disso, o fundador do serviço de mensagens comentou que as autoridades francesas poderiam solicitar a sua assistência de diferentes maneiras. Ele falou sobre estar com frequência no consulado francês em Dubai e citou um caso em que teria colaborado com o combate ao terrorismo na França.

“Se um país está insatisfeito com um serviço de internet, a prática estabelecida é iniciar uma ação legal contra o próprio serviço. Usar leis da era pré-smartphone para acusar um CEO de crimes cometidos por terceiros na plataforma que ele gerencia é uma abordagem equivocada”, se defendeu Durov.

Promessa de melhorias no Telegram

Em seu canal no app rival do WhatsApp, Durov também comentou que o Telegram não é um “paraíso anárquico” como muitas pessoas alegam e disse estar ciente da existência de problemas no serviço. De acordo com ele, o número crescente de usuários atraiu a atenção de criminosos interessados em se aproveitar da plataforma.

Diante dos problemas, o executivo afirmou que tem como objetivo pessoal implementar melhorias no mensageiro, para aumentar a segurança de todos e reduzir os abusos. “Já iniciamos esse processo internamente e compartilharei mais detalhes sobre nosso progresso em breve”, completou.

Preso enquanto estava no aeroporto Le Bourget, próximo a Paris, Pavel Durov ficou detido durante quatro dias. Segundo a acusação, o app de mensagens não tomou medidas para moderar conteúdos nem colaborou com as investigações, tornando o proprietário cúmplice de crimes como fraude, tráfico de drogas e abuso sexual infantil.

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