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“Pague com o rosto”: pagamentos com biometria facial podem ser o futuro das transações

Biometria automatizada no Aeroporto Internacional de Tóquio/reprodução

As formas de pagamento vêm evoluindo rapidamente. As cédulas já não são a forma preferida para fazer uma transação, dando lugar aos cartões e às movimentações via Pix. No segundo caso, leva apenas alguns segundos para que o dinheiro saia de uma conta e chegue ao destinatário. Em breve, a biometria facial pode surgir como mais uma alternativa praticamente instantânea – na verdade, ela já está entre nós e crescendo.

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O pagamento usando biometria facial não é exatamente novo, mas está crescendo.

Como reportou a CNBC, redes de restaurantes nos Estados Unidos adotaram a tecnologia de identificação facial PopID. É simples (basta se cadastrar com uma selfie) e leva menos de três segundos para que a transação seja finalizada.

Em comparação, um pagamento via QR Code ou aplicativo móvel, como as opções de Pix nos apps dos bancos, leva até 20 segundos.

Não só comércios locais estão aderindo. A Mastercard também está trabalhando com o PopID e lançou um projeto-piloto para pagamentos via biometria no Brasil em 2022. Foi um sucesso: 76% dos participantes disseram que recomendariam a amigos. A empresa já anunciou que vai ampliar a cobertura do serviço para outras regiões, como na Ásia.

Já na China, por exemplo, os pagamentos biométricos são uma alternativa amadurecida, indo desde transações no McDonald’s até reconhecimento facial para pagar encomendas na porta de casa.

Biometria facial já é utilizada em outros serviços, como identificação em totens de aeroportos e centros médicos (Imagem: Aeroporto Internacional de Tóquio/reprodução)
  • O PopID também está ampliando sua cobertura e pode tornar “pagar com o rosto” algo ainda mais comum;
  • A empresa por trás da tecnologia se uniu recentemente à companhia de serviços financeiros JPMorgan nos Estados Unidos;
  • De acordo com John Miller, CEO do PopID, à CNBC, essa é a primeira vez que uma empresa vai estimular pagamentos com biometria para clientes comerciais. A expectativa é que a credibilidade influencie outras a fazer o mesmo;
  • Além disso, uma pesquisa de 2023 da PYMENTS revelou que a maioria das pessoas ainda prefere leitura de impressões digitais do que biometria facial, mas que os consumidores da Geração Z preferem a última opção até do que digitar uma senha.
Apesar da resistência dos mais velhos, pesquisas já indicam preferência da geração Z pelos pagamentos como o rosto (Imagem: Reprodução/Super Varejo)

Apesar do otimismo do setor, há preocupações – inclusive judiciais.

Em março, uma mulher em Illinois (EUA) processou a varejista Target por supostamente coletar e armazenar dados de biometria facial durante um pagamento. A Amazon e a T-Mobile enfrentam ações judiciais semelhantes.

Outras preocupações são acerca da pirataria de dados biométricos, com hackers roubando esses dados de bancos mais amplos, e os próprios protocolos de coleta e armazenamento das empresas.

Fonte: Olhar Digital



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