Faltando 100 dias para o início dos Jogos de Paris 2024, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou como serão os detalhes de como será o transporte dos equipamentos que serão levados à capital francesa.
Essa operação, realizada pela área de jogos e operações internacionais do COB, irá utilizar dez contêineres carregados, saindo de sete países diferentes rumo a Paris.
No geral, serão transportados equipamentos de força e condicionamento físico, mobiliários diversos, itens de tecnologia da informação, eletrodomésticos e materiais de marketing.
Isto sem contar os equipamentos esportivos de modalidades como canoagem, vela, remo e atletismo.
Dois contêineres serão destinados à Vila Olímpica, enquanto outros três irão ao quartel-general do Time Brasil, na cidade de Saint-Ouen.
Ainda serão utilizados dois específicos para uniformes, dois para os materiais da vela e um com itens de consumo, que não retornarão ao Brasil (equipamentos de fisioterapia, brindes, objetos promocionais e de identidade visual).
“A primeira fase da logística foi entender o escopo de atuação de cada área operacional e quais as infraestruturas que elas precisariam para desenvolver seus trabalhos durante os Jogos. Com isso começamos a preparar todos os materiais para carregar esses containers e a documentação para exportação, fase que está em operação neste mês de abril. No início de maio teremos o embarque dos containers com destino a Paris, com a entrega prevista para o início de junho”, explicou João Gabriel Pinheiro, líder de logística da missão Paris 2024 do COB.
Além do transporte desses contêineres pela via marítima, o COB despachará materiais específicos (varas do atletismo, barcos da canoagem slalom e mais materiais consumíveis) para a França utilizando voos fretados saindo do Brasil.
Países envolvidos na operação
Os outros países que participarão da operação logística do COB são: China (uniformes); Paquistão (uniformes de competição); Holanda e República Tcheca (ambas com equipamentos de condicionamento físico); Portugal (barcos da canoagem velocidade, pisos de vôlei, tatames, botes da vela) e Itália (botes da vela).
“É um processo desafiador, porque são mais de 20 mil itens e mais de 10 toneladas de material. Reunir tudo isso e fazer a preparação para o embarque é um trabalho minucioso que tem muita gente envolvida. É um transporte internacional, envolve diversas áreas do COB e confederações, mas estamos planejados e, inclusive, teremos um local específico de armazenamento desses materiais em Paris, espaço que servirá como hub de distribuição para as bases”, afirmou Pinheiro.
O deslocamento dos cavalos do hipismo representa um dos principais desafios dessa operação, já que o translado envolve uma série de exigências burocráticas, que vão desde a documentação até a escolha do fornecedor e dos tratadores e veterinários para acompanharem os animais no percurso.
O objetivo principal é deixar cada cavalo confortável e evitar o estresse da viagem. Serão transportados nove animais, oriundos da Inglaterra, Bélgica, Portugal e do próprio Brasil.