Lidando com temas como bombas nucleares e radiação, Fallout mostra um mundo pós-apocalíptico no qual os sobreviventes lutam para fazer sentido da devastação a seu redor. Enquanto parte da humanidade conseguiu sobreviver a esse cenário escondida em Vaults subterrâneos, a maior parte dela não teve a mesma sorte — e muitas pessoas viraram Ghouls, também chamados de necróticos.
Dentro do universo da franquia, essa palavra define seres que acabaram sendo deformados por ação da radiação. Enquanto em alguns casos isso os enlouqueceu completamente, há aqueles que mantêm sua sanidade e capacidade de pensamento, bem como lembranças que podem ter centenas de anos de idade.
Ghouls são um elemento central de Fallout
Criados pela Interplay no primeiro Fallout, os Ghouls Necróticos são uma das principais evidências do estrago que o confronto entre a China e os Estados Unidos deixou. Enquanto a palavra geralmente é usada para falar sobre humanos transformados, também há registros de animais como cachorros e ursos que passaram pelo mesmo processo.
Ghouls são seres transformados pela radiaçãoFonte: Divulgação/Bethesda
Dentro da história da franquia, a maioria deles foi gerada durante a Grande Guerra, se tratando de pessoas que nunca conseguiram se proteger da ação das bombas nucleares. Enquanto tecnicamente a radiação deveria tê-las matado, em muitos casos isso fez com que eles tivessem suas vidas prolongadas — os mais velhos têm mais de 200 anos de idade.
Incapazes de se reproduzir, os Ghouls foram alguns dos primeiros a iniciar a reconstrução do mundo, e muitos desenvolveram sociedades próprias. Embora os anos de experiência tenham tornado muitos deles bastante inteligentes, suas aparências fazem com que eles sejam rejeitados por muitos humanos “normais” do universo de Fallout.
Ghouls ferais são um dos inimigos mais comuns dos jogosFonte: Divulgação/Bethesda
Outras características da “espécie” incluem a incapacidade de sentir cheiros, o que permite que eles comam alimentos considerados nojentos para muitas pessoas. Imunes a muitas doenças comuns, eles também podem passar meses sem comer ou beber água, mas também estão suscetíveis aos efeitos de drogas recreativas e estão longe da imortalidade.
Eles podem ser amigáveis ou ferais
Nos diferentes games de Fallout, vemos Ghouls tanto como NPCs amigáveis quanto como criaturas que viraram “ferais” com o passar do tempo. Enquanto os motivos para o processo de transformação nunca ficam claros, eles parecem estar ligados à perda progressiva de funções cerebrais mais avançadas, que fazem com que eles se tornem criaturas agressivas.
A série da Amazon tem um Ghoul como um de seus protagonistasFonte: Divulgação/Amazon Prime Video
A série da Amazon Prime Video torna esse um de seus temas centrais, que é desenvolvido através do caçador de recompensas The Ghoul. Durante os episódios, vemos que ele não é imune ao processo degenerativo, recorrendo a drogas específicas que parecem desacelerar o processo de transformação, embora não o interrompam.
Dependendo do nível de exposição à radioatividade, a espécie também pode começar a brilhar, o que indica que eles são mais fortes e ainda mais violentos. Aqueles que vivem na área conhecida por The Divide também são conhecidos por suas aparências ainda mais horrendas, só conseguindo ficar vivos pelas características únicas do lugar que ajudam a curar suas feridas.
Rejeitados por sua natureza, a maioria dos Ghouls Necróticos evita passar por assentamentos humanos, tendo se estabelecido em comunidades próprias como Necropolis, Underworld, Bright Brotherhood e Goodneighbor. Embora conflitos os envolvendo tenham se tornado raros com o tempo, eles participaram do massacre de Tenpenny Tower em Fallout 3, matando inclusive as pessoas que eram favoráveis à sua causa.