Atores são colegas em ‘No Rancho Fundo’, novela em que Natascha canta a música de abertura e interpreta Lola “Sou uma pessoa romântica demais. Um caso perdido”, assume Natascha Falcão, que lançou recentemente seu novo EP “Universo de paixão”. E nada melhor do que botar no mundo seu novo trabalho, em que cada música representa uma fase do amor (ou do desamor), em junho, mês dos namorados. O período junino também é o preferido da cantora pernambucana de 35 anos, que chega a ficar emocionada ao falar da época de São João. Unindo uma paixão à outra, ela gravou o clipe de “Melhor assim”, faixa autoral do projeto, na Feira de São Cristóvão, no Rio, com o colega de “No Rancho Fundo” José Loreto, como seu par romântico.
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— Zé é o cara mais maneiro de todos. Eu o amo de paixão. Perguntei se ele queria ser meu galã, e ele topou na hora. Adorou a música e é entusiasta dos trabalhos dos amigos. Eu fico muito lisonjeada porque ele gosta do meu trabalho e sinto que é genuíno. Até falei que iria chamá-lo para cantar no meu show. Foi divertido e curti cada momento. “Melhor assim” revisita todos os estágios de enamoramento, mas finaliza para abrir para o novo. Gravar na Feira de São Cristóvão foi maravilhoso, mas estar com ele lá foi uma loucura. A gente passava nos corredores, o povo o reconhecia e começava a gritar — conta ela.
Além de “Melhor assim”, o restante do EP de Natascha tem regravações de forrós.
— Sempre tive essa vontade de lançar um trabalho no São João. Tenho uma conexão grande com minhas origens e raízes. E São João é um assunto sério para a gente. É muito maior do que carnaval. É um universo de paixão grande pra mim. Junho também é o mês dos namorados, tem um romantismo nessa época do ano que me fascina muito — valoriza ela, que canta com Ceiça Moreno no Arraiá da Casa Rio neste sábado, a partir das 17h.
Natascha revela que a música é seu refúgio e forma de expressão, especialmente em tempos de relações superficiais:
— Não tô namorando. Tô numa fase solteira e essas músicas me deixam muito mexida, porque nelas falo muito de amor. Esse meu romantismo é um pouco difícil de lidar, ainda mais com as relações líquidas de hoje em dia. Pareço uma velha falando, mas às vezes eu não consigo mais acompanhar isso, porque sou muito intensa. Então, procuro me guardar um pouco. Graças a Deus, tenho a música para me salvar. Que bom que podemos canalizar esse amor e produzir para colocar o meu amor, minha paixão no mundo. Criar é energia sexual, libido.
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O EP também a conecta com suas memórias de infância em Pernambuco, quando aprendeu a cantar forró na cozinha de casa com sua tia.
— Lembro de me vestir com roupas típicas para ir à escola. Vivi isso de uma maneira muito forte. E me emociona só de falar. É um lugar da nossa identidade ancestral mesmo. Lembra a infância que é esse período em que a gente é muito conectado com essa tradições.
José Loreto e Natascha Falcão no clipe da música “Melhor assim”
divulgação
Além da música, Natascha explora suas raízes nordestinas na atuação. Atualmente, dá vida à personagem Lola em “No Rancho Fundo”. A cantora ainda solta a voz ao lado de Elba na abertura da novela.
— Primeiramente, ouvir minha voz ali na abertura com Elba Ramalho é muito maravilhoso. Tenho recebido várias mensagens de pessoas de Pernambuco falando que estou representando-as por ser uma nordestina de verdade na televisão. Minha personagem é supersonhadora, apaixonada, romântica e brincante. Ela é uma mulher livre, que canta na noite e sofre as consequências de ser quem é, nesse mundo tão hostil com a gente. Ela canta no cabaré e é estigmatizada de quenga, mas fica nervosa de aparecer em público porque vão falar disso. Não é muito longe da realidade de muitas mulheres reais — enfatiza.
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Na trama, a personagem tem sido incentivada por Deodora (Debora Bloch) a seduzir os filhos de Zefa Leonel (Andrea Beltrão), após a família Leonel ficar rica.
— Ela faz o que precisa ser feito. Ela quer que Deodora confie nela. É a urgência da sobrevivência. Não existe o certo e o errado, existe o que é preciso ser feito.
Natascha Falcão está na novela ‘No rancho fundo’
Léo Rosário/Rede Globo
‘Tudo o que construí foi sozinha’, diz
Natascha lançou o EP “Kitsch completo”, em 2019. Em 2023, lançou seu primeiro álbum completo “Ave mulher”, que levou a artista a ser indicada ao Grammy Latino na categoria Melhor Artista Revelação do ano passado.
— “Ave mulher” foi uma obra prima para mim. Esse álbum apresenta minha alma. Fiz na pandemia praticamente sozinha e ficava na dúvida se iriam gostar. Quando veio a indicação ao Grammy Latino, vi que há espaço para o que crio, o que faço, que tem relevância, importância — diz ela, completando: — Sou muito emotiva e me abalo muito com as dúvidas. Mas não sou nenhuma herdeira, não sou filha nem mulher de ninguém. Tudo o que construí foi sozinha.
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Pernambucana radicada no Rio de Janeiro há dez anos, a cantora veio para a cidade de mala e cuia com o filho Zion, que agora tem 16:
— Botei minha casa na sacola e vim para o Rio. Aqui é difícil achar uma fogueira para pular, mas acho que passei o meu amor pelo São João para ele (risos). Embora meu filho seja mais do rock — conta ela, que aproveita para elogiar o herdeiro: — Ele gosta demais de música, está aprendendo a tocar guitarra. Sempre foi meio poeta. Como pessoa, é amoroso, parceiro, querido. É complicado educar. É difícil, exaustivo, repetitivo. Mas, quando eu o olho, vejo que ele tá massa e que estou criando um menino arretado. Ele faz as coisas em casa, é consciente, inteligente. Sou fã do meu filho.
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