Hoje na Agência Estadual de Regulação (AGEMS) passam pelas mãos da Mestre em Administração Luciana Ramalho Gomes tudo o que diz respeito a tarifas e equilíbrio econômico nos serviços ligados a rodovias e transportes.
Também já passaram o saneamento e o gás canalizado. E passaram o transporte urbano e o terminal rodoviário de Campo Grande, a água tratada, o esgotamento sanitário e o gerenciamento de resíduos sólidos, na regulação municipal.
O currículo da Analista de Regulação é vasto. Especialista em Administração Financeira e Orçamentária, em Controladoria e Auditoria, e em Data Science e Analytics, Luciana exerce a Coordenadoria da Câmara Técnica de Regulação Econômica de Transporte, Rodovias, Ferrovias, Portos e Aeroportos (CRET). Mas desde 2004 na Agência, nada disso são experiências e conhecimentos que ela acumula, e sim compartilha e dissemina, com paciência e didática impressionantes.
Tanto, que Luciana mesma define o que faz como “gerenciamento e liderança de grupos de trabalho”, dividindo com os profissionais experientes e os jovens aprendizes trainees e estagiários que trabalham com ela o mérito das “ações voltadas a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro de contratos de concessão, desde análise de pleitos, elaboração de minutas de editais de licitação e contratos administrativos, definição e elaboração de metodologias para certificação de marcos contratuais”.
Com isso em mente, o trabalho na CRET é um exercício diário de fazer e ensinar. Como, por exemplo, o desafio da atenção aos detalhes.
Ao recalcularmos os contratos e seus efeitos tarifários, qualquer casa decimal ou vírgula faz uma diferença brutal, considerando o setor regulado que tratamos, rodovias e transporte, gera mais de 3.000 empregos diretos e com investimentos de mais de 3 bilhões de reais ao longo de 30 anos.
É assim que vai fortalecendo e nivelando o conhecimento da equipe.
Os profissionais que atuam na regulação são formados dentro das próprias agências. No mercado não temos profissionais de perfil multidisciplinar já prontos para aturem na regulação, então o grande desafio é encontrar e formar equipe que possa receber o legado e dar continuidade na missão regulatória de dar garantia de execução dos contratos.
Carolina, Valdivino, Kaio. Lucas, Vitor, Rafael. Jéssica, Daniel.
Profissionais em início de carreira ou terminando a graduação que tiveram – ou ainda têm – na CRET uma especialização espontânea em regulação. Chegaram a pedido de Luciana, tiveram seus talentos mapeados por ela, receberam a oportunidade de colocar em prática o que sabem e de descobrir que podem mais.
Seus “bebês”, como são carinhosamente chamados, estiveram lado a lado com ela no Congresso Brasileiro de Regulação, em São Paulo, e levando os produtos da CRET a um fórum e mostra acadêmica em Goiânia. Oportunidades que talvez nem todos esperassem – e não tivessem em outra instituição ou trabalhando sob a liderança de uma profissional com visão diferente da que ela tem.
Adepta do budismo, costumam chamar a atenção a serenidade e boa vontade para lidar com a atenção aos detalhes que a regulação exige e com as pessoas e instituições que diariamente fazem parte da rotina de trabalho.
Acho que sou bem conhecida pela grande paciência, ela conta, rindo.
Mas na realidade é o exercício da resiliência que proporciona, de modo constante, a evolução. Trazer as experiências externas, do exercício profissional privado, empreendendo nas melhores práticas e as mais avançadas técnicas confere ao exercício regulatório avanços significativos.
Mas temos que ter a paciência e entender que o tempo da administração pública é diferente, mais lento e burocrático, o que exige resiliência.