Policiais e população se preocupam com risco de fugas e motim dos 474 internos do local
O muro traseiro do presídio de Ponta Porã, cidade localizada a 313 km de Campo Grande, desabou por volta das 16h desta quarta-feira (6), deixando a população e os servidores em estado de alerta.
A queda da estrutura expõe o local, que abriga 474 internos, a riscos de fugas e até de motins, segundo o presidente do Sinsap/MS (Sindicatos dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso do Sul), André Santiago.
A tensão dentro do presídio, conhecido como Ricardo Brandão, é grande e os agentes relataram um clima de incerteza e insegurança.
“É um presídio de fronteira, a menos de mil metros da fronteira seca, a inércia da atitude de resolver esse problema coloca a sociedade em risco, coloca os servidores em risco. Tem o risco de motins ou tentativa de fuga em massa, ou até mesmo uma atitude externa, ações externas para resgate”, alerta o sindicato.
Após o desabamento, acionou o apoio da Polícia Militar, que enviou uma viatura ao local para reforçar a segurança junto a uma equipe de plantão do presídio.
A unidade também conta com o reforço do grupo tático Cope (Comando de Operações Penitenciárias), mas, segundo os agentes, as medidas são insuficientes para conter a situação.
“O muro da lateral está prestes a cair, o que deixaria a unidade praticamente desguarnecida. É uma negligência que coloca toda a sociedade em risco”, afirmou o representante sindical.