Ministério Público Estadual denunciou investigados na Operação Tromper, deflagrada em 5 de abril deste ano, contra fraudes em licitações em Sidrolândia. São 22 denunciados por crimes, entre outros, de corrupção ativa e organização criminosa.
A denúncia vem dias após a deflagração da 3ª fase da operação, desencadeada pelo Gaeco e Gecoc, ambos do MPE-MS. Os denunciados são:
Claudinho Serra, vereador de Campo Grande, apontado como mentor do esquema; Carmo Name Júnior; Ueverton da Silva Macedo (vulgo Frescura); Ricardo José Rocamora Alves; Thiago Rodrigues Alves; Milton Matheus Paiva Matos; Ana Cláudia Alves Flores; Marcus Vinícius Rossentini de Andrade Costa; Luiz Gustavo Justiniano Marcondes e Jacqueline Mendonça Leiria.
Também foram denunciados Heberton Mendonça da Silva; Roger William Thompson Teixeira de Andrade; Valdemir Santos Monção; Cleiton Nonato Correia; Edmilson Rosa; Fernanda Regina Saltareli; Maxilaine Dias de Oliveira; Roberta de Souza; Yuri Morais Caetano; Rafael Soares Rodrigues; Paulo Vitor Famea e Saulo Ferreira Jimenes.
O MPE detalhou que o trabalho visou ”apurar organização criminosa destinada a fraudar licitações para desviar dinheiro público”. Os envolvidos começaram com as práticas criminosas em 2017, por isso o órgão classifica a situação como ”a existência de um duradouro esquema de corrupção incrustado na atividade administrativa do Município de Sidrolândia”.
Os envolvidos são políticos, empresários, servidores públicos e agentes privados para obtenção de vantagens ilícitas na administração pública diante da não prestação ou não entrega do produto contratado pelo Município.
Consta que o vereador da Capital, Claudinho Serra, seria o mentor do esquema de uma das vertentes da quadrilha desmanteladas. Ele era secretário de Finanças da cidade. No caso dele, foi denunciado por organização criminosa; fraude em licitação; peculato e corrupção passiva, entre outros.
Outro agente com destaque na organização criminosa foi Ueverton ‘’Frescura’’. Ele pode responder por fraude ao caráter competitivo de licitação pública e peculato, entre outros.
A denúncia foi protocolada dia 17 de abril e será encaminhada à Justiça Criminal, que decide por receber ou não o pedido. O espaço está aberto às defesas dos envolvidos. O advogado Tiago Bunning Mendes, que defende Claudinho Serra, apontado como mentor da quadrilha, disse que não sabia da denúncia.