A Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), do Ministério da Fazenda (MF), e a Sportradar assinaram, nesta terça-feira (29), um acordo de cooperação técnica, que prevê a troca de informações sobre apostas esportivas e a participação conjunta em ações para salvaguardar a integridade dos novos mercados regulamentados desse segmento.
O objetivo é capacitar o corpo técnico da Secretaria de Prêmios e Apostas para atuar no monitoramento do setor.
A Sportradar oferecerá sua experiência em serviços de integridade à secretaria, incluindo relatar quaisquer incidentes suspeitos que a empresa possa identificar por meio de seu monitoramento do mercado, bem como fornecer consultoria estratégica para lidar com essas situações.
Além disso, dará suporte à educação e ao treinamento contínuos da equipe do órgão, a respeito da ameaça de manipulação de resultados, para aumentar o conhecimento e a compreensão do problema.
“A parceria com a Sportradar será uma ferramenta importante para combater uma importante externalidade negativa do mercado de apostas de quota fixa, que é o risco de manipulação de resultados esportivos”, afirmou Regis Dudena, secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.
A empresa foi representada na cerimônia de assinatura por seu diretor-geral no país, Sérgio Floris. Na avaliação de Felippe Marchetti, gerente de parcerias de integridade da Sportradar no Brasil, o acordo reflete a confiança do Ministério da Fazenda nos serviços prestados pela companhia.
“Iniciativas como este acordo de cooperação técnica refletem um compromisso mútuo para estabelecer uma indústria de apostas esportivas sustentável e regulamentada no Brasil, construída sobre uma base de integridade”, declarou.
Vale lembrar que, além da cooperação do Ministério da Fazenda, a empresa já possui parcerias com algumas entidades do esporte brasileiro.
Em entrevista concedida ao podcast Maquinistas, da Máquina do Esporte, em abril deste ano, Marchetti revelou que a Sportradar e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estão desenvolvendo, de maneira conjunta, o passaporte do atleta, instrumento que trará o histórico dos jogadores profissionais, sendo capaz de indicar uma eventual participação deles em esquemas de manipulação.
“Com o passaporte, a gente consegue ver todos os atletas que tiveram envolvimento em partidas manipuladas. E, a partir daí, a gente estabelece uma lista com jogadores que mais aparecem relacionados a manipulações. Quando esse atleta trocar de clube, surgirá um alerta no sistema”, explicou Marchetti, durante a conversa com os apresentadores Erich Beting e Gheorge Rodriguez.