Um colecionador de minerais fez uma descoberta surpreendente na Calábria (Itália). Francesco Badolato encontrou um micrometeorito com uma combinação incomum de alumínio e cobre, além de material considerado “proibido” de existir no Universo: um quasicristal. Este é o terceiro objeto deste tipo a ser descoberto e está guardado no Museu de Ciências da Terra da Universidade de Bari (Itália).
A descoberta foi feita no topo do Monte Gariglione e despertou o interesse da Universidade de Bari, que conduziu estudos em colaboração com a Universidade de Florença (Itália). A equipe de pesquisadores ficou maravilhada com a simetria “proibida” no arranjo dos átomos do micrometeorito, que é diferente de um cristal comum, informou o Astrospace.
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Os quasicristais são materiais especiais em que os átomos estão dispostos de forma única e nunca se repetem da mesma maneira como nos cristais convencionais. Embora tenham sido descobertos na década de 1980 e sejam estudados desde então, ainda são considerados misteriosos e possuem aplicações industriais.
Questões sobre a formação dos materiais “proibidos”
- A descoberta deste novo micrometeorito na Itália levanta questões importantes sobre a formação desses materiais “proibidos” e implica maior compreensão da origem do Sistema Solar;
- Sua descoberta distante da última encontrada na Rússia aumenta o mistério sobre como esses materiais se formam e como eles podem ser encontrados em diferentes partes do mundo;
- Além de sua combinação rara de cobre e alumínio, o micrometeorito encontrado na Calábria é extremamente especial devido à presença de um quasicristal. A presença desse material considerado “proibido” é um achado significativo e desperta o interesse da comunidade científica.
A descoberta do micrometeorito foi publicada na Communications Earth & Environment, destacando sua importância para a pesquisa e estudos sobre a formação do Universo e dos minerais. Essa descoberta realizada por cientista amador é mais uma prova de que grandes contribuições podem vir de diversos campos e reforça a importância da colaboração entre pesquisadores amadores e profissionais.
Fonte: Olhar Digital