Mesmo menor de idade, Rayssa Leal não pôde levar a mãe para a Vila Olímpica e não conseguiu ganhar briga com o COI (Comitê Olímpico Internacional)
Quem está acompanhando as redes sociais de Rayssa Leal percebeu que ela foi para as Olimpíadas de Paris sem a mãe Lilian Mendes mesmo tendo apenas 16 anos. A medalhista de bronze no Skate Street Feminino tentou levar a responsável para a Vila Olímpica, mas recebeu uma negativa do COI (Comitê Olímpico Internacional); saiba o motivo:
É que a regra do COI impõe que apenas atletas com menos de 14 anos podem levar seus acompanhantes. Foi o que aconteceu com Rayssa nas Olimpíadas de Tóquio em 2021, quando a Fadinha tinha apenas 13 anos.
A skatista tentou alegar que necessita de um acompanhante baseado no Estatuto da Criança e do Adolescente do Brasil, mas o pedido não foi acatado. O COB (Comitê Olímpico do Brasil), no entanto, garantiu que Rayssa está com uma colaborada e mentora como acompanhante.
Em entrevista à ESPN, o chefe de missão do Brasil nos Jogos, Rogério Sampaio explicou que Rayssa não pôde levar a mãe, mas que a Vila Olímpica permite que os atletas recebam visitas diárias através de um programa específico.
“Temos um local para que os familiares possam se reunir com os atletas. Temos atletas que já estão na Europa há muito tempo, chegaram mais cedo para se aclimatar. Lá podem encontrar pai, irmão, mãe, irmã, primo, esposa, enfim. Temos na Vila Olímpica a oportunidade de termos visitas diárias através de um programa de guest pass. A gente entende que a Rayssa tem uma ligação muito forte com a mãe, entende que a mãe é muito importante. Em alguns momentos, a mãe e a família poderão estar em contato com ela”, disse ele.
PUNIÇÃO?
No último domingo (27), a skatista Rayssa Leal polemizou com uma atitude proibida enquanto disputava o Skate Street Feminino nas Olimpíadas de Paris. É que ela mandou uma mensagem religiosa durante a competição – o que não é permitido – e corre riscos de sofrer uma punição.
Na ocasião, ela disse “Jesus é o caminho, a verdade e a vida” através da linguagem de sinais. Para quem não sabe, o Comitê Olímpico Internacional proíbe que os atletas falem de religião e política, já que o evento conta com uma pluralidade de culturas.