Matteus se pronuncia após passar em curso com cota racial: 'Inscrição foi realizada por terceiro, que cometeu erro'


Vice-campeão do ‘BBB 24’ diz que não foi sua intenção se beneficiar da política de cotas e que está arrependido O ex-BBB Matteus Amaral está no centro de uma controvérsia após ser confirmado que ele se autodeclarou negro para entrar através do sistema de cotas no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar) em 2014. Depois do caso vir à tona na quinta-feira (13), o ex-BBB emitiu uma nota nesta sexta-feira (14):
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“A inscrição foi realizada por um terceiro, que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio. Entendo a importância fundamental das políticas de cotas no Brasil. Por isso, lamento profundamente qualquer impressão de que eu teria buscado beneficiar-me indevidamente dessa política, o que nunca foi minha intenção”, disse ele, completando: “‘Reafirmo meu arrependimento por quaisquer transtornos causados e meu compromisso contínuo em ser um defensor ativo da igualdade racial e social. Agradeço a oportunidade de esclarecer este assunto e peço desculpas por qualquer mal-entendido que possa ter ocorrido”.
Nesta sexta-feira, um ativista afirmou que fez uma denúncia formal protocolada no Ministério Público Federal (MPF) para que o vice-campeão do “BBB 24” responda pelo crime de falsidade ideológica. Ele solicita uma investigação tanto contra Matteus quanto contra a instituição de ensino.
“Acabo de abrir a denuncia no Ministério Público Federal de protocolo MPF 20240036442 para que Mattheus responda elo crime de falsidade ideológica”, afirmou o ativista Antonio Isuperio.
O responsável pela denúncia atua em uma organização internacional de Direitos Humanos. Na denúncia, Isuperio argumenta que Matteus utilizou uma autodeclaração falsa para ingressar no curso de Engenharia Agrícola.
“Que o indivíduo responda pelo crime de falsidade ideológica para adentrar a Universidade. A faculdade e o indivíduo devem ser responsabilizados. A faculdade deve ser responsabilizada pela negligência e o indivíduo pelo crime de falsidade Ideológica,” afirma Isuperio na solicitação que a “Contigo” teve acesso.
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O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar), onde Amaral estudou, confirmou que ele se inscreveu nas vagas destinadas a candidatos pretos/pardos. A instituição, no entanto, esclareceu que, na época, a única exigência para inscrição nas cotas era a autodeclaração do candidato, conforme a Lei de Cotas de 2012.
“Em 2014 o estudante Matteus Amaral Vargas ingressou no curso de bacharelado em Engenharia Agrícola oferecido em conjunto com a Unipampa. A inscrição dele foi feita nas vagas destinadas a candidatos pretos/pardos”, explicou o IFFar em nota, completando: “Não havia mecanismo de verificação ou comprovação da declaração do candidato. Os editais, contudo, continham a informação de que, ‘a constatação de qualquer tipo de fraude na realização do processo sujeita o candidato à perda da vaga e às penalidades da Lei, em qualquer época, mesmo após a matrícula’.”
O caso veio à tona na última quinta-feira (13) e rapidamente se espalhou pelas redes sociais, tornando-se um dos assuntos mais comentados.
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