Família de Maguila se despede com emoção no velório do boxeador, que enfrentava doença neurodegenerativa e deixa legado no esporte
Família de Maguila dá um último adeus ao lutador no velório. Irani Pinheiro, casada com o boxeador desde 1983, e Júnior Ahzura, que homenageou o pai dias antes de sua partida, marcaram presença no velório do ícone brasileiro. Maguila, que faleceu aos 66 anos na última quinta-feira (24), lutava contra a “demência pugilística”, uma condição neurodegenerativa associada aos impactos recebidos ao longo da carreira nos ringues.
O velório de Maguila permite uma última homenagem do público entre 8h e 12h. Após a cerimônia, o corpo do boxeador será levado em cortejo para São Caetano do Sul, com um cerimonial na Ossel, localizada na av. Goiás, 459.
A morte de Maguila
José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, lutador de boxe icônico, enfrentava uma longa batalha contra a Encefalopatia Traumática Crônica (ETC), uma doença de sintomas semelhantes ao Alzheimer, mas desencadeada por golpes repetitivos na cabeça, uma condição frequente entre ex-boxeadores. A esposa de Maguila, Irani Pinheiro, confirmou o diagnóstico e detalhou os desafios enfrentados pelo atleta:
“Ele ficou 28 dias internado, procuramos não ficar divulgando o que estava acontecendo. É o momento de cada um. Maguila estava há 18 anos com a encefalopatia traumática crônica, e agora há 30 dias foi descoberto um nódulo no pulmão. Ele sentia muitas dores no abdômen, foi tirado quase 2 litros de água do pulmão, ele estava fazendo tratamento. Não conseguimos fazer biópsia porque ele já estava muito debilitado”, revelou Irani ao programa Balanço Geral, da Record.
Nas redes sociais, uma nota oficial emocionou fãs e admiradores: “É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de Adilson Maguila, uma figura emblemática e muito querida dentro e fora do ringue. Deixa um legado inestimável no esporte e na vida de muitos brasileiros. Maguila permanecerá vivo em nossas memórias e corações”.
Nos últimos anos, Maguila residia em uma clínica em Itu, no interior paulista, onde convivia com a “demência pugilística” — uma doença neurodegenerativa e incurável que atingiu seu auge após décadas de uma carreira marcada por grandes embates no ringue.
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