Durante evento em São Paulo, presidente critica quem busca formas de evitar o pagamento de impostos, dizendo que “quem ganha muito às vezes nem paga” A proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil segue a todo vapor. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira que o governo vai encaminhar ao Congresso na próxima terça-feira (dia 18). A expectativa do governo é que a proposta seja entre em vigor a partir de 2026.
Exclusivo: Confira aqui um tabelão de concursos elaborada pelo EXTRA com inscrições ainda abertas ou já encerradas, mas ainda em andamento, incluindo informações sobre os editais publicados
Esclarecimento: É falso que Receita Federal vai excluir Pix de quem deve impostos
— Nós vamos anunciar no dia 18 que quem ganha até R$ 5 mil não pagará mais Imposto de Renda neste país. Porque, na verdade, quem paga imposto de renda neste país é quem tem desconto na fonte, porque não tem como sonegar — disse Lula durante evento em Sorocaba, no interior de São Paulo.
Ele continuou:
— É descontado na folha de pagamento dele, mas quem ganha muito às vezes nem paga, inventa sempre uma mutreta para não pagar. Então, o que nós queremos é salvar o povo trabalhador de pagar o Imposto de Renda, enquanto muita gente rica sonega. Eles não gostam e não gostam mesmo.
Atualmente, o limite de isenção é de R$ 2.824 (até dois salários mínimos), considerando o desconto simplificado de R$ 564,80. A mudança, se aprovada pelo Congresso até o ano que vem, só entra em vigor em 2026.
Para 2025, o governo já informou que pretende manter a faixa de isenção em dois salários mínimos (R$ 3.036,00), mas ainda não encaminhou o ato legal para isso.
— Tem gente que fica muito nervoso com esse tal de Lula “que só quer cuidar de pobre”. E quero cuidar, porque quem precisa do Estado são as pessoas mais humildes. As pessoas mais ricas não precisam do Estado — afirmou o presidente.
No mesmo evento, Lula disse ainda que o país enfrenta uma “crise tremenda” por conta da alta dos preços dos alimentos, mas prometeu que a carne ficará mais barata e o brasileiro poderá “voltar a comer picanha”. A medida que zerou o imposto sobre a importação da carne bovina e de outros alimentos entrou em vigor hoje.
Fonte