
Álvaro Pacheco estreia no comando do Vasco com a missão de segurar o Flamengo de Tite Allan e De La Cruz. Gerson e Arrascaeta. Everton e Pedro. As três duplas se encaixaram de tal forma que o Flamengo de Tite, embora não seja ainda o coletivo encantador e confiável que se busca, caminha eficientemente para ser mais do que um conjunto meramente equilibrado. Um time que tem tanto jogador acima da média à disposição que demora mesmo para o treinador encontrar a melhor formação. Ainda mais em meio a este calendário insano que oferece mais horas de jogos do que minutos de treinos.
Dia desses, conversando com um reticente rubro-negro que se fez um ardoroso torcedor pelos feitos da “Era Zico”, percebi o quanto fez mal (sic) aos mais apaixonados pelo clube o imediato sucesso do time de Jorge Jesus. Dizia ele: “Para o Flamengo jogar bem, o gramado tem de estar um tapete; o clima não pode estar muito quente ou muito frio; o adversário não pode jogar muito fechado; e a torcida que apóia o time tem de ser a que vai ao Maracanã nos jogos mais difíceis. Se não for assim, não vai”, reclamou.
Álvaro Pacheco observa o lateral Paulo Henrique no treino para jogo contra o Flamengo
Leandro Amorim – Divulgação / Vasco
Por isso, o confronto com o Vasco nesta sétima rodada pode ser de fato o primeiro dos divisores de expectativas que o Flamengo terá neste Brasileiro. Será o segundo de sete jogos que o time fará no Maracanã nos nove próximos na competição. Chance grande de assumir a liderança, engrenar, e se consolidar no bloco da frente. A vitória no clássico é, portanto, mais do que um simples passo à frente: é a consolidação das ideias, das peças e do jeito de jogar de um time invicto em quatro confrontos com paulistas – duas vitórias e dois empates.
O português Álvaro Pacheco, estreante do domingo (2), sabe que está em apuros. Por isso tratou de aprimorar o condicionamento físico dos jogadores do Vasco e ajustar o posicionamento do time na fase defensiva. Vai proteger sua área com linhas de cinco e de quatro jogadores, e tentar impedir que o Flamengo tenha a posse de bola no campo de ataque. Não será tarefa fácil, mas se conseguir gerar desconforto terá chances reais de vencer o confronto. Boa ou não, deverá ser a estratégia de Álvaro Pacheco no clássico.
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