Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho foram os dois presos na Operação comandada pelo Ministério Público contra desvio de R$ 68 milhões de duas secretarias estaduais. Eles já haviam sido presos na primeira fase da Operação Turn Off.
Os dois empresários foram apontados como chefes do esquema de desvio de dinheiro em contratos das secretarias de Saúde e Educação do MS. Segundo o MPE, foram expedidos somente dois mandados de prisão e sete de busca e apreensão nesta quinta-feira (6).
A justificativa para as prisões e buscas em Campo Grande, disse o órgão investigativo, é que os dois continuavam praticando desvios de dinheiro.
Os irmãos Coutinho, como ficaram conhecidos, foram presos em 29 de novembro de 2023, mas conseguiram habeas corpus em colocados em liberdade dia 1º de dezembro daquele ano.
”Sob a chefia de Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Júnior, incorreram em fraudes no processo licitatório que resultou em contratos de aquisição subsequentes, além de outros processos licitatórios estaduais e em municípios do Estado de Mato Grosso do Sul, e, para tanto, cooptaram os servidores estaduais Andréa Cristina Souza Lima e Edio Antônio Resende de Castro – SED, Simone Ramires de Oliveira Castro – SAD e Thiago Haruo Mishima – SES, os servidores municipais Nilson dos Santos Pedroso e Fernando Passos Fernandes e os gestores da APAE em Campo Grande/MS, Paulo Henrique Muleta”, diz trecho do relatório investigativo na 1ª fase da operação.
Grupos do MPE deflagraram 2ª fase da Turn Off (Reprodução MPMS)
Detalhes
Os grupos especiais do MPE identificaram desvio de dinheiro público na compra de uniformes escolares pela SEE, ao valor de R$ 5,6 milhões. Também foi constatada, em 2023, desvio na compra de produtos médico-hospitalares pelo Hospital Regional, no valor de R$ 6,5 milhões.
2024
Ainda conforme Gaeco e Gecoc, em 2024 a quadrilha promoveu corrupção ativa e desvio de dinheiro na compra de ar-condicionado pela Secretaria de Educação, no valor de R$ 13 milhões.
Fase 1
Na primeira fase, em novembro de 2023, os grupos prenderam Edio Castro, secretário-adjunto da SED (Secretaria Estadual de Educação), Paulo Andrade, servidor da Apae-MS, Andreia Cristina e Simone Oliveira Ramirez, servidoras da Contratação da SED e do Pregão da SAD. Thiago Mishima, assessor parlamentar do deputado federal Geraldo Resende (PSDB), ex-secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul.
O secretário-adjunto da Educação, Flavio Britto não foi alvo de prisão na primeira fase. Ele foi exonerado e disse ter contribuído com as investigações.
O espaço está aberto para as defesas dos réus.