A Federação de Futebol do Espírito Santo (FES) divulgou, na última semana, seu relatório de gestão relativo a 2023. O documento mostra crescimento de 36% nos investimentos feitos pela entidade, que alcançaram R$ 6.153.932,87, no ano passado.
Essa quantia inclui o pagamento das taxas de arbitragem para os clubes, repasses de cotas de patrocínio e de direitos de transmissão e a distribuição de bolas e coletes aos times.
Em 2022, o total captado e investido pela entidade em seus clubes associados foi de R$ 4.515.569,15. Um dos resultados que mais contribuiu para essa evolução foi o crescimento no valor arrecadado pela FES com os direitos de transmissão de suas competições oficiais, que passou de R$ 2.629.075,49, no ano retrasado, para R$ 3,55 milhões, aumento de 35%.
A quantia investida em ações de fomento avançou 45% no período, passando de R$ 1.031.867,80, em 2022, para R$ 1.972.884,33. Já os investimentos feitos com recursos próprios da entidade cresceram 14%, indo de R$ 554.625,86 para R$ 631.048,54.
Em 2023, a FES registrou aumento de 10% na quantidade de partidas realizadas ao longo do ano em suas diferentes competições, na comparação com 2022.
No ano passado, foram realizadas no estado 664 partidas oficiais da entidade, em 12 diferentes torneios (incluindo amadores), contra 619 em 2022. Já o total de atletas inscritos oscilou positivamente em 1%, do ano retrasado para 2023, indo de 4.380 para 4.410.
Audiência
De acordo com o relatório, as competições da FES alcançaram um total de 1,5 milhão de espectadores. O estado tem pouco mais de 4,1 milhão de habitantes, segundo dados do último Censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Capixabão, que equivale à primeira divisão masculina do Espírito Santo, respondeu pela maior parte dessa audiência, com 1,07 milhão de telespectadores, no ano passado.
Já a presença digital obtida pela edição 2023 do campeonato foi de 3.513.479 contas alcançadas nas redes sociais. Quando as demais competições da FES são consideradas, o alcance no período atinge 5 milhões de perfis.
Desde 2019, a FES possui parceria com a TVE, do Governo do Estado. No ano passado, a emissora pública transmitiu 94 partidas de seis competições organizadas pela entidade. No caso da Capixabão, além da TV aberta, o torneio contou com diversos jogos exibidos pelas redes sociais e o YouTube.
O acordo da FES com a emissora pública permitiu que a partida entre Real Noroeste e Nova Venécia, válida pela final do Capixabão 2023, fosse exibida em rede nacional pela TV Brasil, em parceria com a TVE (a primeira vez que isso ocorre, na história do futebol do estado). A transmissão alcançou o quinto lugar nacional de audiência e o quarto em Brasília (DF).
Premiações
No início deste mês, um fato que chamou a atenção nas decisões dos Campeonatos Estaduais foi a ausência de premiação para o Flamengo, pela conquista do Cariocão 2024, diante do Nova Iguaçu.
Desde o ano passado, o regulamento do Estadual do Rio de Janeiro (que é o segundo maior do país) já não previa premiações em dinheiro para seu vencedor.
Em contrapartida, as principais competições do Espírito Santo contam com prêmios em dinheiro para os finalistas. De acordo com o relatório, o Real Noroeste, campeão do Capixabão 2023, faturou R$ 265.750, na soma de premiações e demais repasses feitos pela FES, durante o torneio. Já o Nova Venécia, que terminou em segundo lugar, levou para a casa a quantia de R$ 215.750.
Na Copa ES, cujos naming rights pertencem à cooperativa de crédito Sicoob, o Serra, campeão de 2023, recebeu um total de R$ 152 mil, enquanto o vice Rio Branco (vencedor do Capixabão 2024) levou R$ 112 mil.
O Rio Branco, aliás, ganhou no ano passado outros R$ 53.175 pelo vice-campeonato da Série B do Capixabão. O Jaguaré, que venceu o torneio, ficou com R$ 68.175.
“A FES se dedica a tornar o Futebol Capixaba um produto cada vez mais atraente e seguro para investidores, patrocinadores, torcedores, e, principalmente, para seus filiados. O trabalho desenvolvido já mostra resultados. A estabilidade institucional e jurídica de nossa instituição, somada à transparência e austeridade da gestão e à ampla rede de relacionamentos desenvolvida nos últimos anos, gerou uma ambiência favorável para novos negócios dentro de nosso ecossistema”, afirma Gustavo Oliveira Vieira, presidente da federação.