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Investigada por corrupção é nomeada secretária de assistência social em Ladário

Justiça pede suspensão de processo seletivo da Prefeitura de Ladário após suspeita de beneficiamento

Prefeitura de Ladário publicou nomeação da servidora investigada por corrupção nesta quarta-feira (11)

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Prefeitura de Ladário. (Reprodução)

Alessandra Oliveira Marques foi nomeada como secretária de assistência social em Ladário nesta quarta-feira (11). A nova secretária foi investigada por corrupção passiva no município, a 426 quilômetros de Campo Grande.

A nomeação consta no Diário Oficial da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul). O prefeito Iranil de Lima Soares assina a publicação.

Com a nomeação, Alessandra responderá pela função de ordenadora de despesas dos fundos municipais de Assistência Social, Criança e do Adolescente, Economia Solidária, Investimento Social, e Pessoa Idosa.

O Jornal Midiamax entrou em contato com o prefeito Iranil, por mensagens devidamente documentadas. Contudo, até a publicação da matéria não houve parecer sobre a nomeação da servidora investigada. Assim, o espaço segue aberto para manifestação.

Ré por corrupção

O secretário de Assistência Social de Ladário, Alexandre Ramos Ohara, e a servidora Alessandra Oliveira Marques, são réus por corrupção passiva, acusados do desvio de R$ 10 mil em aluguéis de um imóvel destinado a um projeto social. O juiz André Luiz Monteiro, da 1ª Vara Criminal de Corumbá, recebeu a denúncia e rejeitou pedidos de absolvição sumária.

Conforme peça acusatória apresentada pelo MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), em 2014, os réus entraram em contato com a proprietária e demonstraram interesse em alugar, em nome do município, um imóvel localizado no centro da cidade, para instalação da Casa de Acolhimento e Amparo da Juventude.

O local precisava de ajustes, motivo pelo qual a dupla prometeu à proprietária que realizaria as melhorias necessárias e, em compensação, ela realizaria o repasse para compensar os investimentos feitos pela prefeitura. O valor combinado pelas obras foi de R$ 10 mil, que seria descontado em 10 parcelas de R$ 1 mil do aluguel.

Ou seja, o aluguel que inicialmente seria de R$ 2,4 mil, com as melhorias, passou a ser de R$ 1,4 mil durante os dez meses seguintes. No entanto, a Secretaria de Administração já havia definido anteriormente o valor de R$ 1,4 mil. Assim, foi constatado que a história das melhorias, bem como o repasse de R$ 1 mil, foram articulados ilegalmente pela dupla.

Eles receberam o total de R$ 10 mil às custas da proprietária, que acreditou estar bancando melhorias. Desta forma, os réus foram denunciados. No próximo dia 14 de março, será realizada a audiência para oitiva das testemunhas e interrogatório dos réus.

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