A camisa de número 0 será utilizada pela primeira vez no futebol brasileiro. Em parceria com a agência End to End, a iniciativa caberá ao Grêmio, em uma ação contra o assédio focada no Carnaval 2024, que faz alusão à campanha “Grêmio pelo Zero Assédio”. O clube adotará, durante todo o ano, um posicionamento de combate à violência contra a mulher.
O escolhido para vestir a camisa inédita foi o meio-campista paraguaio Mathías Villasanti, que costuma usar o número 20. Ele entrará em campo com o número 0 às costas e a hashtag #ZeroAssédio no duelo contra o São Luiz, neste sábado (10), às 16h30 (horário de Brasília), válido pela 7ª rodada do Campeonato Gaúcho. A partida será na Arena do Grêmio.
Vale salientar ainda que, além disso, o time gaúcho também publicará uma série de vídeos e postagens sobre o tema nas redes sociais, com o intuito de auxiliar na conscientização.
“Queremos conscientizar não somente a nossa torcida, mas toda a população contra o assédio. Apesar da festa linda que é o Carnaval, sabemos que muitos casos de abuso acabam acontecendo durante o evento, por isso é a data perfeita para falarmos sobre. Para isso, encontramos, juntos com a End to End, a ideia perfeita. Estamos criando um fato inédito no futebol brasileiro, com o intuito de atrair os holofotes para a nossa campanha. É apenas o início de uma série de ações do tipo que o Grêmio realizará em 2024”, destacou Henrique Gutterres, executivo de marketing do Grêmio.
“É uma campanha extremamente necessária. Sabemos o quanto a torcida do Grêmio é gigantesca e também da influência que o clube tem no dia a dia dessas pessoas. Por isso, fazer uma ação dessas ajuda muito a trabalhar esse problema, que infelizmente ainda persiste na nossa sociedade. É um orgulho imenso poder contribuir com a instituição nessa luta tão importante”, enfatizou Reginaldo Diniz, CEO da End to End e colunista da Máquina do Esporte.
De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), uma menina ou mulher foi estuprada no Brasil durante os primeiros seis meses de 2023 a cada 8 minutos. O dado representa um aumento de 14,9% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Por conta desses números, a preocupação para o Carnaval deste ano aumentou e, por isso, órgãos oficiais também decidiram criar ações para combater o assédio durante a folia. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), por exemplo, lançou uma campanha batizada de “Respeito e Cuidado”, que conta com o cantor Saulo Fernandes como embaixador.








![O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou em áudio enviado para o pastor Silas Malafaia que sem a votação da anistia não há possibilidade do Brasil negociar o tarifaço com os Estados Unidos.
A conversa é uma das citadas pela Polícia Federal (PF) no relatório que indiciou Bolsonaro e seu filho Eduardo Bolsonaro pela atuação deles para colocar os EUA contra autoridades brasileiras e por coação no âmbito do processo da trama golpista.
“Malafaia, o que eu mais tenho feito é conversar com pessoas mais acertadas, vamos assim dizer no tocando que se não começar votando a anistia não tem negociação sobre tarifa”, afirma Bolsonaro no áudio enviado em 13 de julho para o pastor.
Na mensagem, o ex-presidente ainda faz uma alusão às tentativas de governadores, entre eles Tarcísio de Freitas, de São Paulo, de tentar negociar com a
Embaixada dos EUA.
“Não adianta um ou outro governador querer ir pros Estados Unidos, ir pra embaixada, para não sei onde quer que ele vá, tentar sensibilizar. Não vai só seguir. Da minha parte, é por aí pô”, diz Bolsonaro.
“Eu tenho meus contatos, não falo com ninguém e tô fazendo aquilo que entendo, você tem razão, é a anistia.
Resolveu a anistia, resolveu tudo. Não resolveu? Já era.
Ele não perde nenhum. Tenha certeza disso”, completou Bolsonaro no áudio.
O áudio de Bolsonaro vem em resposta a mensagem de Malafaia, que, segundo a PF, estaria dando “orientações” a Bolsonaro sobre como se posicionar após a carta de Trump que impôs as taxas de 50% sobre o Brasil, em 9 de julho, dias antes da conversa.
Segundo Malafaia, seria necessário “pressionar o STF dizendo que se houver uma anistia ampla e total, a tarifa vai ser suspensa. Ainda pode usar o seguinte argumento:
Não queremos ver sanções contra ministros do STF e suas famílias. Eles se cagão [sic] disso! A questão da tarifa é justiça e liberdade, não econômica. Traz o discurso para isso!”, afirmou.
Pouco depois dessa mensagem, Malafaia envia um áudio em que “novamente orienta Bolsonaro em como direcionas a narrativa para os interesses dos investigados”, diz o relatório.](https://sudoestems.com.br/wp-content/uploads/2024/03/537227944_1300949231658827_2324692362068409941_n-269x320.jpg)


