Um estudo recente do UNICEF Brasil — realizado em parceria com a iniciativa 1 Milhão de Oportunidades e a Plan Eval — destaca que o setor de empregos verdes no país oferece cerca de 6,8 milhões de vagas, representando quase 9% de todo o trabalho formal.
Desse total, 30% estão ocupadas por jovens de 14 a 29 anos — cerca de 2 milhões de profissionais brasileiros. Em Mato Grosso do Sul, o desempenho é ainda mais notável: o estado aparece entre os líderes na proporção de jovens inseridos em empregos com foco ambiental, com aproximadamente 33,1% dessa faixa etária atuando em áreas verdes — percentual acima da média nacional.
O que isso significa na prática? Os empregos verdes envolvem funções ligadas à energia renovável, reciclagem, saneamento, agricultura sustentável e mais. No MS, por exemplo, cresce o número de jovens trabalhando com logística ambiental, bioenergia, manejo florestal e agricultura orgânica.
Apesar da força do setor, o relatório aponta desafios: a capacitação técnica permanece desigual, concentrada em grandes centros urbanos, o que dificulta o acesso de jovens de áreas rurais e periferias. Cursos gratuitos sobre sustentabilidade, oferecidos pelo UNICEF e outras instituições, são uma estratégia importante, mas ainda insuficientes para cobrir todas as regiões.
As oportunidades são diversas: em MS, programas público-privados têm fortalecido a formação em TI, manutenção industrial e bioenergia, acompanhando investimentos bilionários em celulose e bionergia.
O estado registra uma taxa de desemprego de apenas 3,3%, bem abaixo da média nacional de 7%, evidenciando ambiente favorável à criação de postos verdes.










