O Galaxy A55 não parece ter muitas novidades comparado com seu antecessor, o Galaxy A54. Mas o Canaltech já analisou o novo intermediário da Samsung, e ficou claro que houve melhorias em muitos sentidos de uma geração para a outra. Neste comparativo, tento ajudar quem está em dúvida a entender qual dos dois vale a pena comprar.
Design e construção
O aspecto visual do Galaxy A55 traz algumas mudanças importantes. Apesar de manter frente e traseira em vidro como seu antecessor, a lateral não é mais em plástico. Além da troca do material para alumínio, ela agora é reta, dando uma sensação mais premium ao celular. E mais parecido com a série Galaxy S24.
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Além disso, a tela aumentou um pouco de tamanho, de 6,4 polegadas para 6,6 polegadas. Esse acréscimo de cerca de 5 mm em diagonal no visor deixa o aparelho ligeiramente maior: 161,1 x 77,4 x 8,2 mm, contra 158,2 x 76,7 x 8,2 mm do A54.
Apesar disso, as características gerais não mudaram muito. Ambos possuem certificação IP67, que confere proteção contra poeira e submersão em até 1 metro de água por 30 minutos.
O A55 possui vidro frontal com Gorilla Glass Victus Plus, sendo ainda mais resistente que o Gorilla Glass 5 do antecessor. Ou seja, maior propensão a suportar riscos e quebra ao cair acidentalmente.
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Tela
- Galaxy A55: Super AMOLED de 6,6 polegadas Full HD+ (1080 x 2340 pixels), 120 Hz;
- Galaxy A54: Super AMOLED de 6,4 polegadas Full HD+ (1080 x 2340 pixels), 120 Hz.
Não há nenhuma mudança nas especificações da tela do Galaxy A55, exceto pelo aumento de 0,2 polegada. Ou seja, enquanto o A54 tinha 6,4 polegadas, seu sucessor tem 6,6 polegadas. Um aumento de 5 milímetros, para ser mais específico — medido em diagonal.
De resto, ambas possuem um painel Super AMOLED com preto profundo, cores vívidas e resolução Full HD+ com boa nitidez para o tamanho. E também taxa de atualização de até 120 Hz para fluidez de animações em apps compatíveis e HDR10+ para melhorar o contraste em conteúdos com suporte.
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O brilho máximo é semelhante em ambos, de até 1.000 nits, que equivale a mil velas acesas. Isso é mais que suficiente para uma boa visibilidade em ambientes externos, mesmo nos dias mais ensolarados.
Configuração e desempenho
- Galaxy A55: Exynos 1480 Octa-core (até 2,75 GHz), Xclipse 530;
- Galaxy A54: Exynos 1380 Octa-core (até 2,4 GHz), Mali-G68 MP5.
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O chip Exynos 1480 presente no interior do Galaxy A55 traz algumas novidades em relação ao Exynos 1380 do A54. O processador tem poucas mudanças, já que ainda tem oito núcleos, divididos em quatro núcleos de alta potência e outros quatro focados na eficiência.
A grande mudança está no processamento gráfico, que usa uma GPU Xclipe 530, desenvolvida pela própria Samsung. Curiosamente, esse é o critério com a menor mudança na pontuação do AnTuTu. Ainda assim, o A55 tem cerca de 200 mil pontos a mais que o antecessor Galaxy A54 no teste de benchmark.
E, de fato, eu senti uma fluidez e suavidade no uso melhor no novo intermediário do que em seu antecessor. Não é que o A54 seja lento nem nada, pelo contrário. O Galaxy A55 se aproxima um pouco mais de celulares topo de linha ao oferecer desempenho de sobra em tarefas mais simples, além de aguentar melhor tarefas mais pesadas.
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Falando em tarefas pesadas, o novo modelo parece oferecer suporte melhor para jogos mais exigentes do que o antecessor. Ainda assim, pode ser necessária uma redução gráfica em títulos muito pesados para manter a melhor fluidez.
Os dois modelos têm as mesmas opções de memória: 8 GB de RAM e 128 GB ou 256 GB de armazenamento interno. Nenhuma alteração neste sentido, e ambos já estão em linha com o que se espera de um intermediário.
Recursos e conectividade
Não há grandes diferenças nos recursos do Galaxy A54 Ultra para seu antecessor. Ambos já rodam o Android 14 sob a interface One UI 6, com a diferença que o A55 sai com essa versão do sistema já da caixa. O A54 recebeu o update posteriormente.
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E aí entra uma questão que pode ser bom considerar ao comprar um dos dois modelos ao longo de 2024. O intermediário do ano anterior já recebeu uma das quatro versões do sistema operacional prometidas pela Samsung. Já o Galaxy A55 ainda não recebeu nenhuma, ou seja, tem um update a mais para o futuro.
De resto, os recursos da interface são os mesmos, com tela edge, Always on Display, configurações e personalizações semelhantes. Até mesmo a conectividade se mantém, com Wi-Fi 6 de banda dupla, Bluetooth 5.3 e NFC para pagamento por aproximação.
Câmeras
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- Galaxy A55: 50 MP (f/1.8, principal) + 12 MP (f/2.2, ultrawide) + 5 MP (f/2.4, macro); 32 MP (f/2.2, frontal);
- Galaxy A54: 50 MP (f/1.8, principal) + 12 MP (f/2.2, ultrawide) + 5 MP (f/2.4, macro); 32 MP (f/2.2, frontal).
Os sensores do Galaxy A55 são os mesmos, ou pelo menos têm as mesmas especificações das câmeras do antecessor. Ainda assim, por conta de novidades no hardware de processamento e no software, há algumas melhorias ligeiramente perceptíveis entre as fotos dos dois aparelhos.
Não é que o Galaxy A54 tire fotos ruins, pelo contrário. O Canaltech (e eu, principalmente) bateu na tecla que o intermediário tinha câmeras excelentes, que inclusive superaram o iPhone em alguns cenários. Ou seja, o Galaxy A55 traz um novo salto, mesmo que pequeno.
As fotos estão ainda mais nítidas, e quando testei o aparelho, eu estava com uma questão de saúde que me deixou com tremedeira nas mãos. Mesmo assim, e com vento, consegui fotos excelentes de plantas e flores em um parque, inclusive usando o zoom de 2x.
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A câmera macro também está melhor que a do Galaxy A54, com ótimas fotos que trazem texturas impressionantes. Pelo menos em cenários com boa iluminação — o que já é um avanço excelente em intermediários, que costumam ter macro mediana, no máximo.
As selfies com a frontal de 32 MP também ficam muito boas na câmera frontal do Galaxy A55. Novamente, não é que o antecessor seja ruim, mas há uma melhoria notável no novo modelo. Além disso, recursos como apagador de objetos, remasterização e edição automáticas estão presentes pela galeria de fotos.
Por fim, o maior salto, a meu ver, são as fotos noturnas. A Samsung aperfeiçoou seu ‘Nightography’ e o Galaxy A55 entrega fotos que parecem ter sido feitas em ambientes internos com pouca luz, e não quase sem iluminação nenhuma (veja a montagem na galeria abaixo).
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Bateria
- Galaxy A55: 5.000 mAh, recarga com fio até 25 W;
- Galaxy A54: 5.000 mAh, recarga com fio até 25 W.
O A55 mantém a bateria de 5.000 mAh de capacidade de carga com suporte a recarga de 25 W com fio. Mas o teste padrão do Canaltech aponta uma melhoria no tempo de uso do novo modelo, com um ganho considerável no dia a dia.
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A estimativa de duração do Galaxy A55 ficou em 24 horas, enquanto o antecessor ficou em 21 horas e 26 minutos. Parece pouco, mas o teste é exigente, e em uso moderado, as coisas mudam. Dá para dizer que, enquanto o A55 pode atingir dois dias longe da tomada sem grandes problemas, o antecessor geralmente fica no meio do caminho do dia 2.
Na recarga, nada muda. Ambos podem ser carregados com adaptadores de tomada de 25 W, mas trazem na caixa um de 15 W, apenas. Com isso, o tempo de carregamento fica perto de duas horas se você não tiver um acessório mais potente em mãos.
Galaxy A55 ou Galaxy A54: qual vale a pena?
Se é melhor comprar o Galaxy A54 ou o A55 é tudo uma questão de momento. Está bem claro que o novo modelo traz boas melhorias, exceto na tela. E também que o antecessor já era um intermediário muito competente em todos os sentidos.
Sendo assim, não vou ficar aqui falando unicamente em valores. Se você já leu o review do Galaxy A55, sabe que o preço ideal para ele é abaixo de R$ 2.000, um valor justo para bons intermediários. Mas pode valer a pena passar um pouco desta faixa se a diferença para o A54 não for tão grande.
“Mas grande quanto?”, você vai me perguntar, com razão. Bom, considerando que o desempenho tem um salto bacana, as câmeras estão ainda melhores, a bateria dura mais e o acabamento está ainda mais premium, eu diria que entre R$ 300 e R$ 400 a mais não seria um investimento extra tão pesado.
Até porque o Galaxy A55 receberá uma atualização de Android a mais, então será possível ficar com ele por um tempo maior. Mas se vale a pena mesmo, só quem fará o investimento que pode decidir. Meu papel é dar um direcionamento, você segue se achar que é justo para si.
