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Fortaleza quer vender parte minoritária da SAF, mas busca parceiro atuante, diz CEO Marcelo Paz

Fortaleza quer vender parte minoritária da SAF, mas busca parceiro atuante, diz CEO Marcelo Paz

O Fortaleza adotou o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF), mas, diferentemente da maioria dos grandes clubes brasileiros, optou por não vendê-la a um investidor externo.

“Viramos SAF por opção, não por necessidade de colocar dinheiro”, explicou Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, em entrevista concedida a Erich Beting e Gheorge Rodriguez, no podcast Maquinistas, da Máquina do Esporte, que irá ao ar nesta terça-feira (29), às 19h (horário de Brasília).

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O executivo revelou que a SAF do Fortaleza está apta a receber investimentos e que o clube busca um parceiro minoritário.

“O modelo que a gente deseja é vender de 15% a 20% das ações”, ressaltou.

De acordo com ele, para o Fortaleza, hoje, é mais importante saber “quem” será o investidor do que “quanto” esse possível parceiro está disposto a colocar no negócio.

“Procuramos um grupo bem-sucedido, que tenha conhecimento e experiência e possa agregar à gestão”, disse.

Segundo Paz, a participação ativa do futuro investidor será essencial, porque a rentabilidade do investimento virá das próprias operações da SAF.

Como ganhar dinheiro?

Durante a entrevista, Paz criticou as SAFs que optaram por utilizar recursos de investidores para contratar jogadores de renome, mas próximos do fim de carreira, visando a obter resultados imediatos nas competições, em vez de priorizarem as categorias de base ou a vinda de jovens talentos.

“É um equívoco achar que, se ganhar a Série A do Brasileiro ou a Libertadores, isso vai resolver o faturamento do clube. O time vai ganhar dinheiro se vender jogador. Por isso, tem de investir na base ou contratar jogadores jovens”, afirmou Paz.

Ao comentar sobre o atual estágio das SAFs no país, o executivo disse que o futebol brasileiro vive uma curva de aprendizado nessa área. Ele citou o caso do Bahia, que hoje é controlado pelo City Football Group, como um exemplo bem-sucedido.

“Hoje, os profissionais do Bahia trocam informações com especialistas de outros clubes do mundo. Isso é muito saudável”, destacou.

Já o Vasco foi citado pelo CEO como uma situação complicada, quando o assunto é SAF.

“Ali faltou o ‘quem’”, disse Paz, em referência ao cuidado que seu clube vem tomando ao escolher um eventual investidor.

Atualmente, o Vasco enfrenta uma batalha jurídica decorrente da falência da 777 Partners, que era dona de 70% da SAF do clube, mas acabou indo à falência.

Pedrinho [ex-jogador e atual presidente do clube associativo], que é uma pessoa séria e possui forte identidade com a torcida, terá um desafio grande pela frente”, ponderou Paz.

Acompanhe a entrevista completa do CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, ao podcast Maquinistas, nesta terça-feira (29), a partir das 19h, no canal da Máquina do Esporte no YouTube:

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