Força do Agro: produção agrícola do MS deve superar 106 milhões de toneladas em 2024

A produção agrícola do Mato Grosso do Sul deve atingir mais de 106 milhões de toneladas em 2024. O feito deve ocorrer mesmo em meio a condições climáticas adversas. 

Conforme divulgação do Governo do MS, se comparado ao ano de 2023, representa uma variação de -3% em relação à produção e +1,6% em relação a área colhida estimada.

Os produtos agrícolas (entre grãos, leguminosas, cana e outros) estão distribuídos por 7,35 milhões de hectares. 

Os números constam da Carta de Conjuntura Agropecuária, elaborada pela Coordenação de Estatísticas da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) com base nos últimos dados disponibilizados pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE) em Mato Grosso do Sul.

Na distribuição da produção pelas unidades da federação, Mato Grosso do Sul é o 5º maior produtor nacional de grãos, com participação de 8,16%, Mato Grosso lidera o ranking com (24,13%), seguido pelo Paraná (12,88%), Rio Grande do Sul (12,30%), Goiás (9,12%) e Minas Gerais (6,29%), que, somados, representaram 72,89% do total. Em relação as culturas, o relatório aponta que houve avanços nas estimativas da produção do amendoim 1ª safra e mandioca.

No que diz respeito a soja, em 2024 a produção deve ficar próxima de 13,589 milhões de toneladas, ocupando uma área de 4,013 mil hectares, representando uma variação em relação a 2023 de -4,30% e +3,30%, respectivamente.
No que diz respeito ao milho (2ª safra), a produção esperada é de 12,344 milhões de toneladas (-7,10%) e, para a cana-de açúcar, um volume de 71,791 milhões de toneladas.

Renda da produção

Por fim, a análise do Valor Bruto da Produção (VBP) da Agricultura nos dá uma dimensão em termos de renda gerada pelo setor. Em 2024, o VBP da Agricultura é estimado em R$ 43.741 bilhões, com uma variação de (-15,95%) frente ao ano de 2023.
Em 2024, para os principais produtos, os preços continuam baixo, pressionados pela expectativa de oferta mundial e a produção de grãos que havia atingido recorde de produção, este ano sofre com os efeitos associados ao El Niño.

Considerando o setor agropecuário estadual como um todo, a agricultura responde por 69,15% e, em relação ao ranking nacional, o MS se encontra na 7ª posição. Desagregando o VBP pelas culturas, o destaque vai para as colheitas de Soja e Milho, representando juntas 77,42% do VBP da agricultura.

No caso da Pecuária, o rebanho sul-mato-grossense estimado é de 18,310 milhões de cabeças (+2,79%), suínos com 1,80 milhões (+5,82%), aves com 114,4 milhões (-53,70%) e peixes com 925 mil (-40,09%). Em termos de evolução, a maior variação positiva foi observada para o grupo de ‘Bicho da Seda’, com +3.861,63% em relação ao mesmo período do ano passado (2023).

Nos últimos 12 meses o rebanho bovino variou em média +0,29% por mês, enquanto o suíno +0,49% e aves e peixes -5,64% e -3,86%, respectivamente.

No VBP, o Mapa prevê para a pecuária um valor de R$ 19,515 bilhões em 2024, o que representa uma variação de (+2,90%) comparado com o ano de 2023. Em relação ao setor agropecuário como um todo, a pecuária deve responder por 30,85% do VBP do setor estadual. No ranking nacional, por sua vez, o estado ocupa a posição de 7º entre as 27 Unidades da Federação.

Segundo a economista Bruna Mendes Dias, responsável pela elaboração do documento, a Carta de Conjuntura da Agropecuária é um importante instrumento para avaliar o desempenho do setor agropecuário em determinado período de tempo.

“Ela é elaborada pela SEMADESC, e tem como objetivo fornecer informações relevantes sobre a produção agrícola, a criação de animais e o valor da produção, dentre outros aspectos relevantes para o setor”, destacou.
 



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