Fogem dois detentos de presídio no RN em 1ª fuga de unidade federal do país

O que aconteceu

Fuga foi constatada hoje de manhã por agentes federais. A ocorrência foi confirmada pelo governo do Rio Grande do Norte. Os detentos fugiram após pular um alambrado na unidade prisional, segundo agentes que analisaram imagens do local.

Agentes fazem buscas para localizá-los. Policiais federais deram início a uma operação para localizar o paradeiro dos fugitivos. A Polícia Militar do RN disse ter sido acionada às 8h de hoje para participar das buscas.

Mais policiamento nas estradas nas divisas com outros dois estados e uso de aeronaves. A Secretaria de Segurança Pública do RN intensificou as ações nas estradas na divisa com Paraíba e Ceará e também faz voos para auxiliar nas buscas.

Mapa da Penitenciária Federal de Mossoró. — Foto: Arte g1

 

Secretário a caminho de Mossoró (RN). André Garcia, secretário nacional de Políticas Penais, está a caminho do local da fuga. A Polícia Federal foi acionada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O órgão está tomando todas as providências necessárias para a recaptura dos foragidos e a apuração das circunstâncias da fuga.

Presídio foi inaugurado em julho de 2009. A unidade de segurança máxima tem capacidade para abrigar 208 internos em uma área de 13 mil metros quadrados.

Um dos fugitivos do presídio federal de Mossoró (RN), Rogério da Silva Mendonça tem tatuagem de suástica em uma das mãos

Um dos fugitivos do presídio federal de Mossoró (RN), Rogério da Silva Mendonça tem tatuagem de suástica em uma das mãos.

Fugitivos são do CV e estiveram em rebelião.

Presos estiveram em rebelião em presídio em 2023 e pertencem ao Comando Vermelho. Deibson Cabral Nascimento, 33, e Rogério da Silva Mendonça, 35, que integram a principal facção criminosa do Rio de Janeiro, foram transferidos para a unidade federal após terem participado de uma rebelião no presídio Antônio Amaro Alves, no Acre, em julho do ano passado.

Fugitivos são “matadores do CV”. Fontes ouvidas pela reportagem indicam que os fugitivos não integram o alto escalão da facção e que são conhecidos por serem encarregados por assassinatos de pessoas no “tribunal do crime” do Comando Vermelho do Acre.

Deibson cumpria pena de 33 anos por assalto a mão armada. Conhecido como Tatu, ele também responde a processos por tráfico de drogas.

Rogério tem suástica tatuada na mão e condenação de cinco anos por tráfico. O interno conhecido como Martelo também responde a processos por homicídio qualificado, roubo e violência doméstica.

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