Com lançamento marcado para o dia 29 de fevereiro, Final Fantasy VII Rebirth promete começar a partir do ponto em que terminou Final Fantasy VII Remake, de 2020. No entanto, para entender totalmente o título não vai bastar ter jogado o capítulo anterior, por mais estranho que isso possa parecer.
Tudo isso é resultado de uma série de decisões da Square Enix, que considera Final Fantasy VII muito além de um jogo único. Desde que a empresa anunciou o Compilation of Final Fantasy VII, em 2003, o jogo teve seu universo de personagens e tramas expandido. Contudo, se certas histórias estão conectadas, nem sempre elas se apresentam de forma acessível.
Mas não se preocupe: ainda será possível aproveitar Final Fantasy VII Rebirth só tendo jogado o Remake de 2020, ou começando direto por ele. No entanto, se você seguir nossas recomendações, são grandes as chances de ter uma experiência mais completa e não ficar perdido em algumas referências inseridas ou situações.
Final Fantasy VII: a base de tudo
O ponto de partida mais óbvio para entender o que acontecerá no remake é o jogo original, lançado para o primeiro PlayStation em 1997. Embora seus visuais tenham envelhecido bastante nas duas últimas décadas, o RPG ainda tem uma história bastante sólida, fortalecida por um sistema de gameplay que resistiu bem à passagem do tempo.
O título é bem mais simples do que o Remake de 2020 e resolve algumas situações de forma mais direta. A melhor maneira de aproveitar o título é conferindo seu relançamento mais recente, que trouxe aceleradores de evolução e uma tradução revisada — e que está disponível para PlayStation, Xbox e Nintendo Switch.
Final Fantasy VII Remake
Outro bom ponto de entrada é o Remake de 2020, disponível para PlayStation 4, PlayStation 5 e PC, via Epic Games Store e Steam. No entanto, algumas decisões criativas da Square Enix podem fazer com que você tenha dificuldades em entender algumas partes, especialmente no que diz respeito a seus momentos finais.
Final Fantasy VII Remake é um bom ponto de entrada.Fonte: Divulgação/Square Enix
Isso acontece porque, apesar de ser bastante fiel à trama original, o título também traz alguns comentários que presumem que o jogador já sabe o que aconteceu no passado. Isso significa que, enquanto você encontrará um jogo mais bonito e com um roteiro mais desenvolvido que o original, depender somente dele pode deixá-lo confuso em Rebirth. Como, por exemplo, sem ter ideia de quem é Zack ou porque você deveria se importar com ele.
Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion
O game mais impactante da Compilation of Final Fantasy VII, Crisis Core é totalmente focado em Zack Fair, que deve ter um papel importante em Rebirth. Embora cronologicamente ele aconteça antes dos eventos do jogo original, começar por ele pode não ser a melhor opção possível. Isso porque ele mostra muitas coisas que, no game de 1997, são tratadas como grandes reviravoltas.
O título também é o responsável por apresentar alguns personagens secundários importantes que devem aparecer no novo capítulo da série. Caso você não tenha problemas em “estragar” algumas surpresas, o melhor a fazer é apostar na remasterização Reunion, que chegou em 2022 para o PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC.
Outros produtos importantes, mas não essenciais
Como a Square Enix trata seu “Universo Final Fantasy VII” como um grande mundo interconectado, outros lançamentos da empresa também trazem elementos que podem ajudar a aproveitar melhor Rebirth. No entanto, a grande maioria deles vai trazer somente alguma pequena curiosidade ou informação adicional, e eles não são considerados essenciais.
Esse é o caso de Dirge of Cerberus: Final Fantasy VII, uma sequência ao game original que permanece exclusiva ao PlayStation 2 e apresenta alguns personagens que devem aparecer na nova trilogia de remakes. No entanto, dado que eles não devem desempenhar papel central e à dificuldade de conseguir o game atualmente, ele não deve ser uma de suas prioridades.
Final Fantasy VII: Ever Crisis é um “remake alternativo” da série.Fonte: Divulgação/Square Enix
O mesmo pode ser dito de Final Fantasy VII: Ever Crisis, o “remake alternativo” que está disponível para plataformas mobile e PC. Contando com um formato episódico, o título também introduz novas tramas que enriquecem o universo da série.
Para completar, quem já conhece o game original ou jogou o Remake de 2020 também pode achar interessante conferir a animação Final Fantasy VII: Advent Children. Ela apresenta alguns conceitos sobre Sephiroth e seu legado que estão sendo bastante aproveitados nos títulos refeitos, além de trazer algumas cenas de combate bastante divertidas (e que compensam os vários tropeços de seu roteiro).
E aí, animado para jogar Final Fantasy VII Rebirth? Até lá, confira nossa review e comente suas expectativas nas redes sociais do Voxel!