Fazenda em MT gera disputa entre advogado e vereador de Campo Grande

Propriedade está no nome do pai do parlamentar, que faleceu em 2021 por complicações da Covid

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Uma fazenda em Mato Grosso acabou gerando disputa entre advogado e um vereador de Campo Grande. Ambas as partes registraram boletim de ocorrência sobre a propriedade em Juscimeira e acontecimentos do último sábado (23).

Advogado Afonso Flores Schendroski afirmou em boletim que recebeu ligação de funcionários que trabalham em uma área rural. Assim, alegou que em 23 de novembro, às 13h30, seis pessoas chegaram em uma caminhonete a mando de ‘Juari Lopes Filho’.

Narrou a polícia de MT que as pessoas levaram cerca de 300 palanques e deixaram os arames danificados. Pontuou ainda que possui documentação que comprova a posse do território rural. Ao Jornal Midiamax, afirmou que o espaço foi vendido pelo pai do vereador ainda em vida e revendido tempos depois aos atuais donos.

A reportagem solicitou o envio dos documentos citados pelo advogado, contudo não foram encaminhados até a publicação desta matéria.

‘Não houve venda’, diz vereador

“Nunca houve venda”, disse o filho do proprietário das terras, vereador Juari (PSDB) ao Jornal Midiamax sobre a propriedade. Sendo assim, descartou a possibilidade de um terceiro comprador.

Ao Midiamax, Juari disse que houve invasão da propriedade da família. As terras ficam ao lado de um loteamento. “Esse invasor comprou um lote fazendo divisa com nós, aí essa parte que tá demarcada em azul é bem perto da casa e ele estendeu mais 50 a 100 metros para dentro do nosso lote”, explicou.

Imagens aéreas enviadas pelo vereador de Campo Grande mostram parte desmatada. “Essa parte de terra tombada ele tombou e cercou como se fosse dele, ele invadiu como se a propriedade fosse dele”, reforçou.

Vereador aponta áreas destacadas como invadidas. (Reprodução, Arquivo Pessoal Juari)

O parlamentar confronta as informações do boletim registrado pela outra parte. “No BO fala que foi uma F4000, mentira foi uma D20. Mente no horário que era 13h30, mentira, foi cedinho 6h30, 7h até as 10h e não teve encontro nenhum com o caseiro dele”.

As informações citadas por Juari estão registradas em boletim de ocorrência, que também esclarece que o vereador foi acompanhado de mais quatro pessoas.

O registro policial, feito pela irmã do parlamentar, alega que as terras estão em posse da família há “quase 40 anos” e também relata uma “ligação ameaçadora” para a família após a chegada de Juari na cidade.

As terras estão no nome de Jurandi Moreira Pinto, pai do vereador Juari. “A única venda que tem é de 3,8 hectare, que foi para uma empresa, uma usina que então alagou a parte do terreno e que foi desmembrado 2008-2009”, explicou.

Juari encaminhou à reportagem documentação da propriedade. Em 2009, venderam uma área de 3,6 hectares para a Caipé Participações e Emp. Energéticos Ltda. Por fim, o vereador afirmou que tomará as medidas judiciais necessárias sobre a terra em Mato Grosso.

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