Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, ex-comentarista da Jovem Pan, é um dos indiciados da PF em inquérito de plano de Golpe de Estado
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, ex-comentarista da Jovem Pan e neto do último presidente militar do Brasil, é um dos 37 investigados no inquérito da Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe de Estado no fim do governo de Jair Bolsonaro(PL). O relatório aponta que ele teria participado de um núcleo que incentivava militares a apoiar o plano. As acusações reforçam o cerco sobre figuras públicas que, segundo a investigação, promoveram desinformação e conspiraram contra a democracia.
DE COMENTARIS À INDICIADO
Conhecido por sua atuação em programas de notícias, Paulo Renato deixou a Jovem Pan em 2021, alegando “divergências editoriais”. Na época, afirmou que jamais permitiria interferências em seus comentários, destacando seu compromisso com “a verdade”. Agora, a suspeita é de que ele tenha usado sua influência para espalhar ideias golpistas.
O PLANO GOLPISTA
O inquérito detalha um plano articulado para assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A investigação aponta que Bolsonaro tinha conhecimento das conspirações, envolvendo nomes como os ex-ministros Augusto Heleno e Braga Netto. As acusações sugerem uma ampla articulação para desestabilizar o governo eleito e perpetuar Bolsonaro no poder.
DIVERSOS INVESTIGADOS
Além de Paulo Renato, outros líderes do governo anterior, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e Alexandre Ramagem, ex-diretor da ABIN, aparecem na lista de investigados. A trama teria sido orquestrada logo após o segundo turno das eleições de 2022, com objetivos explícitos de interromper a transição democrática. As provas coletadas mostram um planejamento meticuloso, ainda que falho, para subverter a ordem constitucional.
NOTA OFICIAL
Paulo Roberto soltou uma nota em seu Instagram que fala sobre o seu indiciamento pela Polícia Federal. “Devo dizer que me sinto honrado. Entendo este indiciamento como parte de uma campanha de intimidação conduzida pela GESTAPO de Alexandre de Moraes, que busca silenciar tanto a mim quanto o trabalho que venho realizando para conscientizar a sociedade e as autoridades americanas sobre a escalada ditatorial em curso no Brasil, que segue cada vez mais alinhado com a China”, disse o jornalista em um trecho.
Veja a nota na íntegra:
“Soube pelos jornais que o ex-presidente Bolsonaro e eu fomos indiciados pela Polícia Federal do Brasil em um inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022 que nunca ocorreu. O indiciamento inclui 37 pessoas, entre elas agentes públicos de alto escalão, militares, jornalistas e até um padre católico. A conduta criminosa que me é atribuída é a de reportar, com precisão, os acontecimentos envolvendo o alto comando do Exército brasileiro. Curiosamente, não estive no Brasil sequer uma vez em 2022, tendo realizado todo o meu trabalho jornalístico nos Estados Unidos, onde resido há quase uma década.
Devo dizer que me sinto honrado. Entendo este indiciamento como parte de uma campanha de intimidação conduzida pela GESTAPO de Alexandre de Moraes, que busca silenciar tanto a mim quanto o trabalho que venho realizando para conscientizar a sociedade e as autoridades americanas sobre a escalada ditatorial em curso no Brasil, que segue cada vez mais alinhado com a China.
Deixo claro: não respondo a intimidações, tampouco recuarei no exercício das minhas liberdades dadas por Deus. Tenho inclusive plena confiança de que os Estados Unidos, sob uma nova administração que valoriza a liberdade, tratarão esse”
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