Durante a inauguração da nova fábrica de celulose da Suzano, nesta terça-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao governo anterior, sem citar diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro, e destacou as iniciativas de sua gestão para retomar obras paralisadas e implementar programas estruturantes.
Lula afirmou que, ao assumir seu terceiro mandato, esperava encontrar um país “semidestruído”, mas percebeu que o cenário era ainda mais grave. Ele desafiou a plateia, composta por autoridades e empresários, a citar uma obra estruturante realizada pelo governo passado, apontando a ausência de avanços em infraestrutura nos últimos quatro anos.
O presidente relembrou que, ao assumir o mandato, convocou os 27 governadores do Brasil para ouvir as prioridades de cada estado. A partir dessas demandas, foram formulados o novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e outros projetos estratégicos voltados ao desenvolvimento regional.
Lula também criticou a gestão anterior em relação ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, que foi substituído pelo Casa Verde e Amarela. Segundo ele, o programa foi desconfigurado, e muitas obras habitacionais e de escolas em todo o Brasil ficaram paralisadas.
Apesar das críticas a Bolsonaro, Lula fez questão de elogiar o governador Eduardo Riedel (PSDB), os ministros presentes e a bancada federal e estadual de Mato Grosso do Sul, destacando o papel do estado no desenvolvimento sustentável e no avanço da indústria de celulose. Ele enfatizou a importância da unidade inaugurada para a geração de emprego e renda na região.
A fábrica da Suzano, a maior linha única de produção de celulose do mundo, simboliza, segundo Lula, a capacidade do Brasil de combinar inovação, sustentabilidade e crescimento econômico. O evento, em Ribas do Rio Pardo, contou também com a presença da ministra Simone Tebet, do vice-presidente Geraldo Alckmin, de parlamentares e outras autoridades estaduais e federais.