Senador Nelsinho Trad (PSD) disse que tem pré-disposição em votar contra projeto de lei que autoriza a eutanásia no País. O tema veio à tona com o caso de uma estudante de 27 anos, acometida pela ”pior dor do mundo” e que quer deixar o País para recorrer à medida extrema.
Com exclusividade ao TopMídiaNews, o parlamentar do PSD respondeu sobre o Projeto de Lei do Senado 236 de 2012. O texto propõe reforma do código penal brasileiro e, dentre dezenas de proposições, descriminaliza a eutanásia no Brasil. A ideia é tipificar a eutanásia como um delito autônomo e não mais como forma privilegiada de homicídio.
”Como Cristão, sou a favor da vida. Temo que venham confrontar com esse princípio”, refletiu o senador.
O PLS está na comissão mais importante da Casa Alta, que é a CCJ, mas está parado aguardando designação de relator.
Jovem criou vaquinha para fazer eutanásia na Suíça (Foto: Reprodução Instagram)
Drama
Reportagem do UOL publicada no dia 3 de julho mostrou o drama da estudante de veterinária Carolina Arruda. Ela sofre de neuralgia do trigêmeo, que é a disfunção ou lesão no nervo que leva o mesmo nome e causa, segundo a medicina ”a pior dor do mundo”.
A jovem mora em Bambuí (MG) e tem uma filha pequena. Ela relatou o sofrimento extremo por conta da doença e justificou sua tentativa de ir para a Suíça, país onde a eutanásia é permitida.
”Nos últimos dois anos, piorou muito. Só consigo ficar em pé por alguns minutos, não consigo trabalhar ou estudar. Meu marido é quem me dá banho”, desabafa a estudante.
O drama de Carolina se intensifica quando alcança a filha dela.
”… minha filha mora com a minha avó… não consigo dar a atenção que ela precisa… desmaio de dor e fico hospitalizada constantemente, então não tenho condição de cuidar de uma criança”, disse a estudante segundo o UOL.
A dor é companhia certa e constante da estudante, apesar de cirurgias e medicamentos.
“Tomo opioides, anticonvulsivos, vários remédios para dormir, mas eu não durmo todos os dias. A dor é muito forte e me acorda, eu apenas cochilo”, observa a paciente.
O julgamento sobre a vida ou a morte também machuca Arruda, que explica o ponto de vista da família.
“… minha filha fala que, para uma pessoa chegar ao ponto de querer tirar a própria vida, é porque a dor é muito forte. Então ela compreende. Ao mesmo tempo, diz que vai sentir falta, que eu preciso pensar nela também”, reportou Carolina.










