Ministério da Saúde anunciou a demissão de Carmen Pankaruru, diretora do Departamento de Atenção Primária à Saúde Indígena da Secretaria de Saúde Indígena do MS. O anúncio consta no Diário Oficial da União desta quarta-feira (27).
Conforme o Metrópoles, Pankaruru estava no cargo desde o início do Governo Lula. A ex-diretora se manifestou pelo Instragram e agradeceu a ministra Nísia Trindade, pela oportunidade.
”… nesse momento eu deixo um cargo, mas jamais a Saúde Indígena, porque é uma pauta que eu defendo e fortaleço desde que existo”, escreveu.
Ainda segundo o Metrópoles, o titular da Sesai, Weibe Tapeba informou que a exoneração já estava prevista e a decisão decorre da necessidade da ajustes na equipe da secretaria ”para superação dos desafios existentes na Saúde Indígena”.
”A Secretaria reconhece e agradece o trabalho prestado pela Diretora neste primeiro ciclo de reconstrução da Saúde Indígena e deseja sucesso em sua trajetória”, disse.
Crises
A demissão ocorre em meio à pressão sobre o Ministério da Saúde quanto crise na saúde Yanomami. Foram registradas 363 mortes de indígenas da etnia ao longo de 2023, primeiro ano do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A quantidade de óbitos registrados no ano passado representou um aumento de 5,8% em comparação com as mortes em 2022, durante o último ano de governo de Jair Bolsonaro (PL).
Na primeira reunião ministerial de 2024, Lula pressionou Nísia quanto ao aumento nas notificações de mortes de indígenas yanomamis. Diante das cobranças ela saiu aos prantos e foi amparada pela primeira-dama, Janja da Silva.
Além disso, Nísia sofre pressões para deixar o cargo e ceder a vaga para o centrão.
Dengue
A crise no Ministério vai além: o País já soma mais de dois milhões de casos de dengue, o que gera repercussão internacional.