Durante a cerimônia de diplomação nesta quarta-feira (18), Jean Ferreira (PT), eleito como o vereador mais jovem de Campo Grande, ressaltou a importância da renovação política e a confiança no processo jurídico que garantiu sua candidatura.
“Agora é trabalhar com o reconhecimento jurídico e legítimo do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul. Sempre defendi a justiça eleitoral e acredito que as próximas etapas do processo correrão bem. A questão foi uma mera formalidade técnica, já esclarecida, e agora estamos aqui para ser diplomados”, afirmou.
Ferreira destacou a chegada de novos vereadores à Câmara Municipal, ressaltando a oportunidade de trazer novas ideias e maior envolvimento da juventude na política.
“Com a eleição de 15 novos vereadores, incluindo a minha, estamos pautando a juventude e novas formas de políticas públicas. Isso ajuda a oxigenar o legislativo de Campo Grande e a trazer a juventude para perto da política. Precisamos mudar a forma de fazer política e de nos comunicar com a população, sendo protagonistas desse processo”, explicou.
Questionado sobre a eleição para a mesa diretora, Ferreira confirmou o apoio da bancada do Partido dos Trabalhadores ao nome de Papy. “Hoje, a bancada do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras está com o vereador Papy, por acreditar na independência e autonomia da Câmara Municipal”, concluiu.
Impasse com a Justiça Eleitoral
A Justiça Eleitoral de 1º grau reprovou a prestação de contas do vereador eleito Jean Ferreira (PT), em Campo Grande. A defesa alegou falha humana por atraso e também houve omissão em contrato de aluguel na campanha.
Conforme o processo, a reprovação veio do juízo da 44ª Zona Eleitoral de Campo Grande e foi publicada dia 25 de novembro. Foi apontado que Jean descumpriu o prazo de envio relativos aos recursos financeiros recebidos na campanha.
Ainda segundo apontado, também houve doação própria de dinheiro que supera o patrimônio que ele declarou quando registrou candidatura ”o que indica indícios de irregularidades”. Teve igualmente a ausência do contrato referente à locação de um imóvel para a disputa eleitoral.
Atraso
A defesa de Jean Ferreira recorreu alegou que, quanto ao atraso no envio dos relatórios financeiros existiu apenas um atraso decorrente de ”falha humana”.
Sobre a doação de dinheiro de Ferreira à própria campanha, os advogados disseram tratar-se de aplicação de indenização de seguro de vida vindo de um parente dele falecido e que o deixou como beneficiário. A origem desse montante teria sido considerada lícita pelo juízo da 44ª ZE.
A equipe do vereador eleito rebateu a omissão de despesas e que os gastos com impulsionamento foram devidamente declaradas na prestação, inclusive com tabela demonstrativa dos créditos adquiridos e as correspondentes às notas fiscais. Sobre o contrato de aluguel, a defesa diz que foi apresentado posteriormente, conforme exigido.